Hoje foi o último dia de aulas e, como estar vivo é o contrário de estar morto, não ter aulas é o mesmo que estar de férias. Eis que chegaram!
Eu já deixei bem clara a minha posição quanto a passar três meses seguidinhos atrelada aos meus putos de 7 e 4 anos (especial atenção à idade das peças - eles são o meu cardio, e eu ando um pouco sensível do joelho...
E se dúvidas houvesse, aí veio um estudo que corrobora a minha falta de vergonha na cara de que filhos e férias prolongadas levam-nos à loucura. Ouvi na Rádio Comercial, é do mais fiável possível.
Então, o estudo conclui que os pais conseguem aguentar alegremente as férias com os miúdos em média até ao dia 13. A partir daí é sempre a descer. Por um lado estão exaustos, já não os podem ouvir, já não os conseguem acompanhar. Já só querem uns segundos de silêncio, nem que seja trancadas na casa de banho. Por outro, já não conseguem mais inventar programas para os entreter. Sim, porque hoje em dia os miúdos estão sempre tão ligados à ficha que simplesmente eles não sabem entreter-se sozinhos e pior, não sabem o que é ter tédio, lidar com um dia cheio de nada para fazer e um quarto cheio de pequenos tesouros para descobrir. Sossegados.
Para tornar as coisas mais dramáticas, muito boa mãe sofre de um síndrome de culpa nas férias, esse misto de querer dar o (nosso) melhor aos miúdos, acharmos sempre que não temos recursos e tempo suficiente para lhes dar, ao mesmo tempo que se anseia desesperadamente pelo regresso às aulas. Em Portugal, junta-se a isso a dificuldade logística séria de ambos os pais trabalharem e ser um inferno desencantar quem possa estar com os miúdos, de todo.
Eu estou totalmente solidária com quem sofre deste síndrome, porque sofre, seja sob que nuance do síndrome for, mas obviamente estou solidária com quem não sente um pingo de culpa, afinal, tanto uns como os outros chegam ao dia 13 a arrancar cabelos só porque os putos são uma canseira dos diabos, e estamos conversados.
Quantos dias é que aguenta? Vá lá, com sinceridade!
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