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Filhos

Férias grandes todas com os miúdos, sim ou sopas?

Por Inês

Esta manhã começou como de costume: despertador às 8:00, snooze até às 8:20, saltar da cama e despachar a correr.

(Quando eu levanto este rabo quase quarentão logo às 8:00 as manhãs correm tão melhor, 20 minutos fazem tanta diferença! Enfim... já vai havendo mais dias assim, um de cada vez...)

Seria uma manhã típica se de repente o meu inconsciente não me tivesse dado um abanão de ACOOOORDAAAA, ESTÁS A ESQUECER UMA CENA!! e eu percebi que se me tinha varrido completamente da memória eu ter de estar naquele preciso momento a marcar passo na fila para inscrever o Pê no Campo de férias.

Paniquei completamente, larguei tudo com o pai das crianças, e fui a correr para onde devia estar há bem mais de meia hora! A fila abria às 8:30, eram 100 vagas para um campo de férias muito giro, onde o Pê tem ido passar férias da Páscoa e Verão super contente, entretido com actividades simples, didáticas, divertidas e bem acompanhadas. E não nos tira o couro e o cabelo!

Apanhei um valente susto, mas lá me safei, ainda fui a tempo de inscrevê-lo nas três semanas e ficar com as férias de Verão "tratadas" em termos de actividades. Que alívio!! Entre as nossas férias, o campo de férias, as semanas com os avós, as férias grandes vão ficar bem distribuídas e vai haver muito tempo de convívio, muito tempo de actividades e muito tempo de descanso.

Eu digo sem qualquer embaraço ou medo de julgamentos, não sou de todo mãe para passar três meses seguidinhos agarrada aos meus filhos (sim, porque com um em casa, imediatamente  o outro faz guerra cerrada e não há maneira de o mandar para o colégio). Não tenho cabedal para isso. Não tenho a paciência, a energia, a vontade.  Preciso de trabalhar, preciso de tempo para mim. Vou dizer que é por ser uma aquariana independente, desprendida e free spirited, mas falta-me mesmo é a pachorra para os aturar.

Também não tenho tempo, porque apesar de trabalhar em casa e fazer os meus horários de trabalho, preciso de estar sozinha e fazer as coisas com cabeça. É a melhor coisa do mundo ser mãe e não ter a pressão do "picar o ponto", mas tenho de trabalhar na mesma!

E não admiro nem invejo as mães que têm essa paciência, porque eu não quero ser assim. Eu não tenho vocação para ser stay at home mom, esta mãe não sou eu. Eu não quero estar meses e meses agarrada aos meus filhos. Ponto. Há mais na vida para mim, além de ser mãe. Se estamos de férias, perfeito. Se stay at home com os putos for servido em doses homeopáticas de umas semanas intercaladas, tudo bem. 

Mas esta manhã, só de imaginar o que é que eu iria fazer à nossa vida em mais 3 semanas de férias grandes só nós, eu já estava a suar frio! Ainda para mais com estes meus dois rapazes selvagens para levar ao picadeiro! Ai não não não. Eu não sou a mais maternal das criaturas, pronto, muito menos mártir das mães. Eu não sobreviveria a quase 3 meses seguidinhos com os putos à perna. E eles também não, que eu entretanto esganava-os ou eles morriam de tédio.

Quem mais é mãe desnaturada como eu? Ou acham que é a melhor cena do mundo (e desejavam!) passar o máximo de tempo possível com os vossos filhos em alegre convívio?

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3 comentário(s)

miriam07 de Junho, 2018 às 21:48:36
Responder

compreendo... estou tão lixada!!! eu que relaxei por serem 100 vagas...

M.18 de Junho, 2018 às 23:53:14
Responder

Tenha vergonha na cara

Ines S19 de Junho, 2018 às 10:04:32

Vergonha por ser uma pessoa equilibrada e bem resolvida? Pelo contrário, muito orgulhosa por não ter vergonha de falar por todas as mães que sabem os seus limites e os respeitam Serenidade no seu coração

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