Com 7 e 4 anos, já temos bons momentos de conversa como deve ser com os miúdos. As conversas no carro e à mesa são mais construtivas e divertidas, eu gosto muito de ouvir e eles contar as suas novelas da escola, dos amigos, temos partilha de momentos do dia e questões filosóficas que passeiam pelas suas cabeças. Vê-los já enquanto pessoas pensantes é muito giro, com a sua forma de encarar o mundo, lidar com os outros, resolver as suas encruzilhadas da vida.
Mas... Oh meu deus, quantas vezes eles apenas são implicantes um com o outro, andam aos gritos pela casa, fazem barulhos de animais, guinchos, moem-nos a cabeça, mimimimi, ou respondem em monossílabos e não ligam nenhuma às nossas perguntas ou ordens. E eu dou por mim a chutar para um canto a "comunicação" e a entrar na algazarra a toque de caixa e ordens aos gritos. Até ficar rouca! Eles deixam-me cansada, impaciente, frustrada pelo falhanço. Falar com os nossos filhos devia ser tão fácil, mas porque raio eles às vezes são umas bestinhas?! Deixam-me doida!
Nessas alturas, para não me afundar na famigerada culpa maternal, lembro-me de palavras sábias que li há uns tempos e nunca esqueci...
Os bebés choram, é assim que eles comunicam. Os toddlers gritam, os garotos chagam a cabeça e os adolescentes queixam-se.
Então, nós mães dizemos entredentes "oh pá, f**a-se", antes de cada resposta, de cada reação. É assim que vamos comunicando uns com os outros.
Não é o cenário mais idílico, mas é melhor que o silêncio.
Uma casa cheia de crianças aos gritos e adolescentes que chateiam e pais que são bombardeados com todo o tipo de perguntas e solicitações é um lar saudável.
São os bebés e pequenitos silenciosos, as crianças assustadas, os adolescentes que não páram em casa e os pais que não estão em comunicação com os filhos os que se devem preocupar.
E os putos não nos deixam loucas, nós já temos de ser um pouco tolinhas para os termos...
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