“Ora bem… onde é o norte? Onde é o sul? O sol nasce…”. Estava mesmo perdido! Era uma floresta bem densa. Um pantanal! “Onde eu me vim meter!” – pensava para os meus botões. “É isto a parentalidade?!”
A pequena MG, uma touchy baby, como definiria a querida Tracy Hogg, era uma bebé serena… desculpem… sirene! Chorava, ou melhor, berrava incessantemente, porque ouvia sons altos, porque estava com fome, porque estava com sono, até porque os pais não estavam a ser como o pequeno doce desejava! Acordava e… berrava! A sirene, no minino, era acionada a cada 3 horas! E nós, pais de primeira viagem, médicos apetrechados de conhecimentos, mas muito mais carregados de emoção do que sabedoria, iniciávamos um fluxograma de “será fome? Será sono? Será fralda?”
Tive de parar. Pensar. Ouvir o conhecimento e a experiência. Chamar a cristalina e refrescante razão, deixando para trás a quente e fervilhante emoção! Precisava de uma bússola! Eureka! Lá no baú, trazida por amigos que muito estimo, estava a minha bússola! Uns bons manuais para estabelecer rotinas. Sim, rotinas! Se enquanto médico sempre soube que eram essenciais, hoje, como pai, considero-as imprescindíveis na vida de um bebé!
A nossa vida foi mudando. Ouvíamos algumas vozes “ai, são tão rígidos com a bebé! Ela é tão pequenina!”, “rotinas com esta idade?”, “ela tem a vida toda para ter regras!”. Todos os pais se encontram mais frágeis nas primeiras semanas, mais sensíveis, mais suscetíveis a ouvir e absorver tudo. No entanto, olhávamos para a nossa filha e víamos o comportamento a melhorar dia após dia. Ficava mais calma, mais serena. Tivemos a clara perceção que ela deixava de chorar porque sabia que na sequência de acontecimentos iriamos corresponder às suas necessidades!
O tempo foi passando. Sem choro, sem esforço! Limitávamo-nos a cada dia entender mais e melhor a nossa bebé. Dávamos-lhe um ambiente calmo e rotineiro! Hora da mamada, da brincadeira, do sono… até tempo para nós! A sirene foi diminuindo! Mesmo à noite! Aprendeu a adormecer sozinha, confortável e feliz! Jamais esquecerei o sorriso que ela ainda hoje dá na hora de a por no berço!
Desde os quatro meses, a pequena MG passou a dormir a noite todinha! Deita-se por volta das 19h30, adormece sozinha no quarto dela, e só a voltamos a ver ao vivo as 7h da manha! Ao vivo, porque ainda acordamos muitas vezes para ver o intercomunicador que faz co-slepping com os papás da MG!
Claro que os tempos mudam as crianças. Os temperamentos mudam. As circunstâncias de vida e o ambiente alteram-se. Mas posso afirmar que esta bússola já me permitiu sair do pantanal no momento mais difícil. Um balão de ar fresco! Já temos as baterias carregadas e os fatos de Indiana Jones prontos se for preciso entrar numa nova aventura!
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1 comentário(s)
A pequena MG e a sua fase de desenvolvimento e crescimento tem este poder de conseguir despertar o mais puro AMOR dos seus maravilhosos pais. A vida é feita de aventuras e todos ambicionamos vestir a pele de Indiana Jones de vez em quando. Abcs e Bjs aos papás
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