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Filhos

Boys will be boys mas a mãe está aqui e sofre!

Por Inês

Sempre tive medo desta parte e ela aqui está, vai chegando, cada vez mais... À medida que o P vai ficando mais crescido vamos começando a viver na pele mais e mais o que é isto de ter rapazes.

Uma parte incontornável é a testosterona que sempre paira no ar... São joelhos esfolados, muita fisicalidade, muito o atirarem-se para a frente e atirarem-se uns aos outros. O P apanhar-se em zaragatas com outros rapazes sempre foi um dos meus maiores medo ao ter rapazes e agora, lá começaram os relatos. Vê-lo a sofrer fisicamente e com as dores deste crescimento custam a ele, mas também custa muito a mim. Vivo no terror de se magoar a sério e na angústia que sofra, que não saiba lidar.

Umas vezes resolvem-se as teimosias com um punho no ar, outras vezes chega-se a vias de facto e aqui vai disto, outras pregam-se rasteiras ou há empurrões no futebol e fica-se tudo a rir, se se apanham à luta os outros ficam a fazer de claque e ainda apanham por tabela, enfim...

O Pedro tem a confiança de nos contar o que se vai passando com os outros e contra ele também, e conta com um desassombro, uma naturalidade que me deixam pasmada. Às vezes é ele quem prega a rasteira, ele não é sempre inocente, mas ao menos não é nada de mais e nós reprovamos severamente. O recreio muitas vezes é a selva e os miúdos têm de saber passear por ela sem se queimarem. Demasiado, pelo menos, porque já deu para ver que ninguém sai ileso.

Nós vamos ensinando estratégias, dando conselhos. Esperando que ele os oiça e se lembre, por instinto, por consciência influenciada, como agir melhor. Passa muito por isto:

- O nosso principal princípio é a adaptação do clássico

Do no harm but take no shit 

O P nunca mas nunca deve começar uma luta, pelo contrário, deve evitar ser apanhado nelas ao máximo, mas se alguém lhe bate, tem de reagir! Empurra de volta, se for preciso solta uma chapada e remata com um “põe-te fino!” - e acabou-se, afasta-se naquele mesmo instante e vai para outro lado, tentando que a coisa fique por aí. Já aconteceu e resultou, oh boy...

- nunca andar sozinho, sem os seus amigos. A união faz a força, mas sobretudo afasta ideias peregrinas dos rufias.

- Se os seus amigos começam com brincadeiras parvas uns com os outros ou com outros, e não pararem, procurar outros amigos.

- Se vir alguém a andar à luta, das duas uma. Se forem amigos tenta separar. Se não se separarem ou se não forem seus amigos, chamar rapidamente um adulto ou alguém mais velho para tomar conta da ocorrência. 

- Não se armar em espertinho e não fazer claque ou pior, gozar com quem luta, muito menos com quem perde! Pode estar a pisar uma vítima e se há coisa que eu não admito é ter um filho rufia ou bully, seria o meu maior desgosto! Mas esta lição infelizmente (ou felizmente, porque não foi grave) o P aprendeu da pior forma, gozou com o perdedor e levou uns sopapos de retaliação do miúdo. E eu até tremo quando ele me conta estas coisas!

Mas faz parte, infelizmente. Nós apenas queremos que ele aprenda o mais cedo possível a  ter consciência do bem e do mal, que se saiba defender, que saiba enquadrar estas situações e que nós as consigamos ir controlando e contornando.

Infelizmente uma bulha ocasional faz parte disto de ser rapaz e não nos tem parecido motivo para a nossa intervenção directa, vem no pacote de ter rapazes, de se ser criança, a aprender a não ser um selvagenzinho com uns deslizes pelo meio. Se se repetir a situação ou se for particularmente grave é que já serão outros quinhentos, apenas posso fazer figas e manter os olhos e ouvidos bem abertos para o que me passam os meus filhos...

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