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Filhos

Capacetes obrigatórios, sim ou não?

Por Sofia Simões

A propósito desta notícia que anda a circular na comunicação social, devo dizer que também não me agrada nada esta história do capacete obrigatório. Então, diz que agora vamos dar duas voltas ao parque e pinfas toca de apertar o capacete; vamos para o escritório que fica a umas centenas de metros de casa e mete o capacete; demoras 45 minutos a enfiar os putos todos no carro mais as bicicletas, as águas e casacos e quando chegas à praia reparas que deixaste um dos capacetes em casa, esquece lá o passeio que é proibido andar sem proteção na cabeça…
 
Oh senhores, nem tanto ao mar, nem tanto à terra!! Bem sei que é para o nosso bem que o Estado zela, que nos quer guiar com a sua mão protetora, que o Estado é como um pai, mas sinceramente, e a nossa liberdade de passar um momento de lazer e descontração sem termos que estar preocupados com multas ou acidentes tenebrosos? E que impacto poderá ter esta medida sobre as crianças?
 
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Eu sou bastante descontraída no que toca às proteções corporais durante a prática desportiva, já o disse em algumas ocasiões e, embora tenha quem concorde comigo, também tenho quem discorde e considera que se devem proteger bastante as crianças, porque são imprevisíveis (concordo absolutamente) e podem ferir-se com gravidade (concordo também em absoluto). Mas vejam, não podemos pensar que uma criança que está a aprender o básico do ciclismo vai mandar-se de uma rua íngreme logo na sua estreia, verdade? Para respeitar a modalidade desportiva a criança tem que cair, tem de se magoar para saber que há limites e daí advém o cuidado e a consciencialização para a prática defensiva e até a prática com proteção.
Eu não tenho capacete e conheço muito bem os meus limites enquanto condutora de bicicleta. Conduzo mal e tenho muito receio de me aventurar na estrada, não o faço sequer habitualmente. Contudo, se tivesse um capacete talvez me aventurasse mais… Mas admito que ter um capacete corta imenso o desprendimento que uma atividade que se quer livre pode ter. Os meus filhos têm capacete, mas a maior parte das vezes não os usam e embora sejam pequenos vejo que o seu comportamento é diferente com e sem capacete. A não utilização do capacete fá-los ter mais cuidado mas não os inibe em demasia, apenas alerta para a cautela.
 
Devemos ter a liberdade de nos protegermos caso consideremos que o risco de acidente seja elevado; andar de bicicleta num parque é totalmente diferente de circular na estrada ou ruas urbanas. Sendo eu de uma geração que nunca se protegeu em criança não posso de maneira nenhuma educar os meus filhos num ambiente de medo e receio porque poderá eventualmente cair de bicicleta, ou de patins ou de outra coisa qualquer. Proteger sim, mas não sejamos mais papistas do que o Papa… 
 

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