Teimosa: Que ou aquele que teima; que ou quem é persistente numa ideia ou ação.

Há 8 anos atrás entrou uma teimosa na minha (nossa) vida. E por muito que antes tivesse lido e aprendido no curso sobre crianças mais teimosas, a verdade é que não estava verdadeiramente preparada para ela e para a sua teimosia e intensidade.

Daquela mini bebé que não nos deu trabalho nenhum, até à menina já com tiques de pré-adolescente e cheia de vontade própria, foi um pulo. Não sei para onde foram estes 8 anos. Sei já que não é e nunca será a princesa de laços na cabeça e vestido arranjado. Sei que ao final do dia os laços já não resistem, a roupa está mais que amarrotada, as calças descem perigosamente do sítio e há sempre alguma coisa que fica perdida ou esquecida no sítio de onde vem. Mas sei também que tenho (temos) aprendido com ela aquilo que na minha profissão diariamente desafio outros pais a fazer: que os braços de ferro não valem mesmo a pena; que a intensidade com que vive todos os momentos faz com que nunca passe despercebida e que isso é um ponto a seu favor; que a dificuldade que tem em ficar em silêncio faz com que onde quer que vás conheça pessoas novas; que a espontaneidade com que partilha pensamentos e sentimentos faz dela um livro aberto (e a nós passar muitas vergonhas!); que a sua perspicácia e olhar sobre o mundo nos leva tantas vezes a olhar para a realidade com uma nova visão; que se lembra de tudo o que dizemos e por isso temos mesmo de cumprir e não nos ficarmos só pelas intenções.

Que amar um filho (amar alguém!) é amá-lo nas suas imperfeições, aceitá-lo nas suas particularidades e ir crescendo em conjunto.

Parabéns minha querida Rita e obrigada por todos os dias nos desafiares e obrigares a dar o melhor de nós!