O tema da falta de tempo para “namorar” é recorrente nas consultas com pais e nas conversas com amigas. É transversal à maior parte das famílias e na maior parte das revistas femininas há artigos sobre “como manter a chama na relação” ou “dicas para a sobrevivência da relação depois do nascimento dos filhos”.
No entanto, e como na maior parte dos temas relacionados com a parentalidade, não há verdades absolutas ou certezas e há famílias para quem as saídas sem filhos não fazem sentido (algumas sentem mesmo que é algo que não se deve fazer) e outras para quem, embora faça sentido, a possibilidade das saídas a dois não existe por falta de rede de suporte ou impossibilidade de pagar a uma babysitter.
Por aqui, somos a favor do tempo de namoro a dois… que nem sempre é tanto quanto desejávamos, mas que vai acontecendo com maior ou menor regularidade. Para nós, este tempo a dois faz sentido e sabemos que se os nossos filhos nos virem felizes e bem-dispostos depois de um fim-de-semana (ou um lanche ou um jantar!) a dois, isto modela neles uma maior predisposição para a felicidade e boa-disposição.
De facto, muitas vezes, depois de termos filhos, corremos o risco de dar a relação por garantida e deixamos de investir no seu crescimento e desenvolvimento.
O que podemos então fazer? Que pequenos passos podemos dar para investirmos na nossa relação? Ficam três ideias, fáceis de implementar mesmo com pouco tempo disponível.
Não tem necessariamente que ser ir jantar ou dormir fora. Dêem uma caminhada os dois no vosso bairro; almoçem uma vez por semana juntos; tomem um café a dois; corram juntos. Vejam a vossa série preferida uma vez por semana! E se sentirem que as vossas agendas estão tão preenchidas que não conseguem encontrar, semanalmente, um bocadinho para os dois, marquem na vossa agenda uma data para o fazerem e combinem que, uma vez anotado na agenda, este compromisso não pode ser cancelado. Afinal, é do bem-estar da vossa relação e da vossa família que se trata!
Para falar de temas da rotina do dia-a-dia, mas também para saber como o outro está, para enviar um beijo ou dizer que temos saudades!
Tomem sempre café os dois de manhã; celebrem a data do vosso namoro e do casamento; bebam um copo de vinho enquanto fazem o jantar.
Para alguns casais/famílias, estas podem ser estratégias possíveis; outras terão ideias e rituais diferentes para não perder o “Nós” da relação. Para outras ainda, nada disto faz sentido ou é necessário.
Mas que não restem dúvidas que, seja qual for a maneira como o fazemos, é importante que os filhos percebam que o pai e a mãe têm outros papéis para além do papel de pai/mãe e tenham um modelo de relação conjugal positivo, com expressão de afetos e investimento no tempo a dois.
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