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Vida

Ser Macrobiótica

Por Sofia Simões

Há tempos tenho acompanhado a mudança dos hábitos alimentares de uma família próxima. Pessoas comuns, a mãe e o pai têm as suas atividades profissionais e têm duas crianças pequenas para educar e criar. Quando comecei a ouvir falar em Macrobiótica nem sabia ao certo do que se tratava, pensava eu que era uma maneira um pouco mais “à esquerda” de se ser vegetariano, em que não se temperava os alimentos, em que tudo era muito cru, entre outras ideias totalmente ao lado. Pus-me então a fazer perguntas, a querer saber mais e afinal isto de se ser Macrobiótico é algo bem mais corrente, no entanto tem variantes e acrescentos que vale a pena conhecer. 

Falei com a mãe para vos dar a conhecer o seu ponto de vista e ponto de ruptura com a alimentação habitual.

Como defines a tua dieta alimentar?

Não sei se posso dizer que tenha uma dieta alimentar rígida e específica. Fui mudando os hábitos alimentares lentamente no sentido de fazer uma dieta o mais saudável, natural e simples possível.

Qual o momento em que a Macrobiótica entra na tua vida?

Um pouco por acaso, tive conhecimento de uns workshops sobre macrobiótica e resolvi frequentar alguns. Sendo eu mãe de duas crianças pequenas, 3 e 6 anos, que planeia/organiza e prepara as refeições lá em casa senti que este tipo de alimentação ia ao encontro da minha vontade e preocupações em proporcionar à minha família uma alimentação saudável.

O que é para ti a Macrobiótica?

Eu encaro a abordagem macrobiótica da alimentação como uma dieta que não é especificamente definida, uma vez que tem em conta as necessidades de cada indivíduo, a sua condição física, o meio onde este se insere e até a estação do ano. É uma alimentação tradicional que tem por base os cereais integrais, os vegetais, as leguminosas e derivados, que deverão ser consumidos diariamente.  Este tipo de alimentação valoriza  a ligação do Homem à natureza e incentiva o consumo de produtos biológicos. Preconiza um estilo de vida saudável aliado à prática de alguma atividade física (esta parte ainda não consegui implementar de forma constante!).

Sendo tu mãe de duas crianças de 6 e 3 anos, como foi a tua abordagem a esta nova dieta? Quais os maiores desafios por que passaste?

Fui introduzindo as mudanças gradualmente, pois considero que é mais fácil desta forma e o resultado será mais duradouro do que fazer alterações radicais. É claro que quando se tem duas crianças pequenas, como é o meu caso, nos deparamos com algumas resistências a determinados alimentos, mas com paciência e perseverança vai-se ultrapassando. Eu tive a minha tarefa facilitada pois a minha filha mais velha gosta bastante de legumes e tem dado o exemplo à irmã, que é mais resistente aos mesmos. Para surpresa minha elas têm aderido bem a certos alimentos que nos eram desconhecidos ou que não consumíamos com frequência, como é o caso do millet, que elas adoram e eu também, ou a quinoa, o bulgur, o tofú e o seitan, entre outros.

Foi um pouco mais difícil a adaptação ao consumo frequente de leguminosas. Acho que utilizar formas diferentes de confecionar os ingredientes mais comuns e criar uma apresentação atrativa dos pratos pode ser uma boa dica para cativar os mais pequenos.

Na tua localidade tens facilidade em encontrar produtos que vão ao encontro da macrobiótica? É fácil e exequível que qualquer pessoa possa seguir este percurso?

Sim, é fácil adquirir os produtos que pretendo. Há lojas da especialidade e conheço uma empresa que faz a entrega ao domicílio de cabazes de produtos biológicos. Atualmente podemos encontrar um pouco por todo o lado este tipo de lojas, e há em várias localidades mercados bio. Também nas grandes superfícies se encontram cada vez mais produtos biológicos.

É claro que os preços são um pouco mais caros, mas com a introdução de novos alimentos também se deixa de adquirir outros, então trata-se de uma substituição. Penso que com uma boa gestão doméstica uma família pode enveredar por este caminho se essa for a sua vontade. 

O que sugeres a alguém que está a pensar mudar a sua dieta alimentar?

Como já disse, penso que uma mudança gradual acaba por produzir resultados mais duradouros. Fazer a introdução de alimentos novos aos poucos para todos os elementos da família tenham tempo de se habituar. Ir fazendo experiências para ver o que resulta melhor de acordo com os gostos e preferências de cada um.

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Se te pedissem um menu para almoço (entrada, principal e sobremesa) que qualquer pessoa pudesse fazer, o que sugerias?

Poderia sugerir um menu simples composto por sopra, prato e sobremesa.

Sopa: Creme de abóbora;

Prato: arroz integral, grão de bico salteado com alho francês acompanhado por brócolos escaldados com molho agridoce e salada de cenoura e beterraba;

Sobremesa: doce de couscous com compota de maçã.

Para saber mais sugerimos:

http://macrodiana.blogspot.pt

https://www.facebook.com/FranciscoVaratojo

http://www.e-macrobiotica.com

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