Já é o nosso quarto ano no Porto Santo. Na primeira ida eu estava grávida do Miguel e agora ele já vai fazer quatro anos. Incrível como o tempo passa! É a praia preferida dos sogros, que todos os anos juntam netos e filhos para uma semana em família. Eles já lá iam passar férias antes dos netos, mas com a chegada dos netos, voltaram a fazer férias no Algarve, pensando que seria o melhor para juntar a família. Poucos anos depois, apostaram no voo com bebés (e nora grávida de sete meses) e foi aposta ganha, nunca mais quiseram (e quisemos!) outra coisa.
O Porto Santo é mesmo óptimo para estar em família, ou apenas para relaxar, verdadeiramente a relaxar. A uma hora e pouco de voo directo de Lisboa ou Porto, é uma aventura para os miúdos, que adoram voar com as primas e avós! O tempo é sempre ameno, sempre morno, de dia e de noite, com o céu pintado de nuvens que ora tapam o Sol, ora o deixam escaldar a pele. A água é maravilhosa, quentinha, com ondas suaves e divertidas - como as do Norte bem podiam ser um pouco mais! A variável que pode complicar os dias é o vento, que pode ser por vezes forte e pode trazer nuvens pesadas que é claro que ensombram os dias. Mas tanto podem ir e vir, como podem não maçar por aí além, porque, lá está, a temperatura em si é sempre amena e o mar sempre bom. E límpido, claro, a areia uma poeira dourada, com zonas com pedras pretas que não deixam esquecer que a lava foi o mote para aquelas ilhas.
Saio sempre de lá com um bronze bem dourado, dizem que o destas praias é especial, por causa da areia.
Com os miúdos e apenas uma semana, acabamos por fazer a vida toda na praia, o lado solar da ilha. Andar de carro para ir à praia, em plenas férias, é cada vez mais a excepção, não há nada melhor do que dormir com o pé na areia e ter a praia, as ondas, o dia de verdadeiro descanso à distância de passos. O Porto Santo, mais uma vez, nos dá isso e muito mais de mão beijada, a praia é linda, longa, calma, o feeling muito bom, muito zen. Não há pressa para nada, os únicos relógios são os tempos dos miúdos, que se esticam cada vez mais.
No primeiro ano em que lá estive, demos uma volta ao lado lunar desta linda e bravia ilha que nos acolhe tão bem. Uma volta de jipe e fez-se o reconhecimento da ilha, conhecemos as peculiaridades, as escarpas e nevoeiros do lado norte, os usos, as dificuldades, as belezas naturais. Descobrem-se todos os azuis e verdes do mar, todas as tonalidades e formas das rochas, os amarelos e ocres da terra, das casas, da areia feita de coral.
Acho um piadão à "falta de originalidade" nos nomes dados às coisas. Parece que por aqui não se quer rotular nada, isso dos nomes é para pôr no mapa, não serve para comer, plantar ou viver. Querem nomes, nós damos, não seja por isso: temos o Ilhéu de Cima, Ilhéu de Baixo e o Ilhéu de Fora, temos a Serra de Dentro, a Serra de Fora, o Campo de Cima, o Campo de Baixo, temos a capital, que até ser cidade foi Vila do Porto Santo, depois de passar a cidade passou a ser Vila Baleira, mas que para quem cá vive e lá vai, será sempre a Vila, ou melhor "ir lá abaixo". Para quê complicar? Ainda para mais, se tudo é belo, inóspito, bravio, basta sê-lo, não compliquem.
A Madeira não se via, mas não estava longe... Muitos madeirenses todos os dias vêm de avião ou Lobo Marinho (barco) para passar o dia no Porto Santo a fazer praia. Eu ainda não fiz o caminho inverso, a visitar a Madeira, não tenho companhia! Fica prometido para o próximo ano!
Tempos difíceis, de antigamente, em que o Bolo de Caco se fazia de três em três semanas porque não havia lenha para menor intervalo. E a bosta de vaca era um combustível cujo roubo merecia castigo severo.
Vejam as minhas sugestões para estar em bom do Porto Santo, na galeria.
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1 comentário(s)
Onde costumam ficar hospedados no Porto Santo? Conhece o nosso alojamento?
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