Os metrossexuais devem (deviam!) ser uma grande trabalheira: dividir armário de casa de banho, closet, tempo de antena em frente ao espelho e no ferro de engomar, sentimentos profundos tais como "O que é que me fica melhor? Riscas ou lisos?" Que diabo, num lar que se preze só pode haver lugar para uma pessoa com esse tipo de questões existenciais e seguramente não será quem tem direito a fazer chichi de pé. Amanhem-se.
E eles amanharam-se. E bem. Antes de avançar, apenas uma declaração prévia.
Eu estou à vontade para fazer aqui este tipo de considerações sobre estilos masculinos porque casei com um betinho empedernido, não por convicção, mas por preguiça. O seu estilo dá-lhe 0 dores de cabeça, apenas temos de garantir que há chinos e camisas engomadas sempre à mão e obrigá-lo a ir às compras de vez em quando e com sorte, conseguir convencê-lo a experimentar um casaco ligeiramente diferente do anterior. Ele não liga pevide ao que veste e anda sempre com a barba por fazer, e na verdade, nem precisa, o meu marido é alto e espadaúdo e witty, não nos vamos chatear por causa de roupa, querido! Eu não te quero mudar! E eu não os quero para nada! Já passou...
Retomando, os metrossexuais tomaram um cházinho de barba rija e agora a onda é outra, e é muito mais à frente. Continuam vaidosos, continuam cheios de cuidados, mas a coisa agora é muito mais disfarçada. Disfarçada de lenhadores.
Agora os homens mais desejáveis, dizem eles e dizem muitas (eu nem tanto, mas eu aqui sou apenas a mensageira, a minha declaração de interesses está supra, hã querido?!), querem-se de barba rija e farta, com mangas de tatoos, sobrolho carregado e camisas de flanela, tudo muito casual, muito rústico, uns lumberjacks, mas... vai-se a ver bem e estão aparadinhos e cheirosos, com a roupa bem cintada e cuidada, os fartos pelos a régua e esquadro. São os lumbersexuais. Ou serão hipsters de barbas? É uma questão fracturante, esta...
A mim não me enganam, esses tais lumbersexuais. Antes assim do que versão lumberjack, sem dúvida! Nesta versão são muito rijos, são vulcões de pelos e testosterona, muito refrescante e máculo, mas para mim, no fundo, no fundo, são uns metrosexuais a brincar aos lenhadores. Que fixe, que rústico, vamos deixar crescer a barba, mas bem aprumada, não somos cá neandertais! Continuam a precisar do tempo de antena em frente ao espelho, continuam agarrados às últimas colecções, mas com uma abordagem deliberadamente lenhadora.
Admito, são bastante agradáveis à vista (a galeria hoje está um mimo, só vista...), e cultivam um tom durão e bad boy que agrada bastante. É um óptimo compromisso entre o homem que se preocupa com o seu look, que tem um sentido estético de si, mas não tem pachorra ou aprumo para tanto cuidado como os metro. Sem exageros, é um homem quase perfeito, masculino ao máximo, mas a km da barreira do old spice. Seja como for, é tudo muito pensado, sempre muito calculado. Forçadinho, temos pena. Ou talvez seja apenas excesso de pilosidade facial. Para mim, não há nada como uma carinha de barba acabadinha de fazer, mais lisinha que um rabo de bebé. AMO.
Eu continuo a gostar dos homens que são um pancadão sem esforço, genuinamente. Que andem cuidados, cheirosos, em boa forma, mas sem exageros de styling. Sem estilo definido. Sem pares ou concorrência, sobretudo no mesmo quarto.
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