Uma das minhas resoluções de ano novo tinha sido passar mais tempo em família. Com a família que eu criei, apenas eu, o meu marido e os nossos filhos.
De há umas semanas para cá tenho concretizado cada vez mais esta resolução, porque cada vez sinto maior necessidade de o fazer, e agora estou mesmo a assentar esta regra: de 15 em 15 dias, um dia tem de ser TODO nosso. Todo, inteirinho, 24 horas, só nosso. NO MÍNIMO, porque eu estou a lutar por uma vez por semana, mas realmente tem sido impossível e apenas nestas últimas semanas me apercebi do quanto é difícil passarmos tempo apenas nós e ao mesmo tempo, do quanto isso nos faz falta.
Ele é família alargada, ele é eventos, ele é amigos, ele é trabalho, ele é datas especiais. Tudo isso é super importante e faz a nossa vida, nós não somos uma ilha e apenas somos felizes se fizermos parte de todo um mundo com todas as pessoas que são importantes para nós e a quem amamos.
Mas no centro de tudo, no centro da nossa vida, estamos nós. Nós os quatro. Somos nós os quatro que acordamos juntos, que nos vemos a tomar banho, que nos vemos de cuecas, que nos aguentamos nas garfadas, que limpamos as nódoas e os óculos, que damos os abraços mais ensonados, os beijinhos mais repenicados, somos nós. Apenas nós.
E nós temos de fazer crescer a nossa intimidade, de ter o tempo para a cultivar. Não pode ser apenas nas férias. Não pode ser apenas de vez em quando, por acaso, por falta de programa. Uma vez de 15 em 15 dias soa ridículo, mas acreditem que não é fácil. E aperceber-me disso é surpreendente. Por isso é que os miúdos crescem a olhos vistos, por isso é que nos surpreendemos quando o ritmo abranda, é porque simplesmente não há muitas oportunidades para que isso aconteça.
Nas últimas semanas tenho mesmo feito esse esforço, e essa consciência é poderosa. Eu estou a tomar conta da nossa intimidade nuclear, eu não quero ser apanhada de surpresa por uma família de anos que não se conhece, que não convive em intimidade.
Se dizemos que "não pode ser mesmo, tenho de estar com a minha família", não levem a mal, mas é mesmo o dia mais importante da semana. Hoje foi dia.
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2 comentário(s)
Olá Inês, acabaste de dizer a mais pura das verdades. E eu não falo por conhecimento de causa, porque não tenho filhos. Aquilo que me apercebo é que muitos país criam os filhos sem pensar no tempo para a família nuclear (pai, mãe e filho(s)). Vejo-os a partilhar o tempo da família com os amigos, irmãos, avós.. Td isso é bom, é importante, mas e o tempo deles? Só deles? Acho muito importante! Adoro passar um fim de semana inteiro a sós com o meu marido.. Sem mais ninguém (e adoro a minha família!) e quando tivermos filhos quero ter fim de semanas assim. Não é o facto de não os querer partilhar mas apenas a família tb é essa, a de casa. E é importante criar laços só a 2, a 3 ou a 4. Sem dúvida um post pertinente e que cada vez assisto menos nos dias que correm.
Obrigada Raquel, bom saber e muito bom ter a tua visita! Beijinho!!
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