Olá, olá!
Bem, os vídeos da nossa querida Inês sobre a sua barriguinha deixaram-me a pensar. E… Decidi escrever sobre um assunto que, já percebi, preocupa bastante as mulheres. Hoje o assunto é Diástase dos Retos Abdominais (DRA). Grande palavrão, não?
Então, a DRA é a separação dos músculos Retos do Abdómen, aquele músculo da barriga, que toda a gente quer trabalhado, o famoso six pack (embora haja mais músculos abdominais e ninguém queira saber deles. Uma tristeza!). Esta separação tende a aumentar com a gravidez, uma vez que há pressão de dentro da barriga, para a frente, à medida que o bebé cresce, o que revelar-se um incómodo no pós-parto. Pensa-se que o seu aparecimento pode estar relacionado com uma fragilidade abdominal prévia à gravidez e ao trabalho de parto.
Para considerarmos a existência de DRA, é necessário avaliar/medir o afastamento entre os retos, em repouso e na contração. Na prática, avaliar por palpação é uma boa solução, sendo o Fisioterapeuta/avaliador sempre o mesmo, porém, para resultados mais precisos, será necessário outro tipo de equipamento, contudo, não é algo fácil de avaliar, portanto não se ponham a inventar. Ok?
Estima-se que a DRA surja em cerca de 70% das mulheres no pós-parto imediato, sendo que oito semanas após o nascimento do bebé, apenas se verifica em 30%.
Começa-se também a associar a DRA ao treino intensivo, e talvez incorreto, vamos aguardar que a ciência evolua e nos dê mais certezas. Para já vamos fazendo as coisas com calma e de forma personalizada.
Agora, será isso um problema?
A DRA por si só pode não ser um problema. Há atletas que têm uma grande separação dos Retos e, ainda assim, têm uma boa estrutura abdominal, pois entre esses músculos existe tensão. Estão a ver aquelas pessoas muito saradas que têm uns cubinhos na barriga? Esses cubinhos estão bem separados, mas entre eles continua a perceber-se que o tecido é tenso. Nestes casos, à partida, tudo estará bem.
Se a separação for associada a flacidez nesse meio, em contexto funcional, pode levar a alguma instabilidade da bacia e com isso perpetuar queixas ao nível pélvico e lombar e Disfunções do Pavimento Pélvico (já falei aqui e aqui). Sendo que, em muitas mulheres a coisa algum tempo depois, naturalmente. Se as alterações forem evidentes e permanentes, poderá ter algumas implicações estéticas e, por consequência fazer aí uns abanos na auto-estima. Mas há soluções, sim? Tem é que consultar alguém que perceba disto!
Existem alguns exercícios para trabalhar no sentido de reduzir a DRA. E sabem quantos vos vou deixar aqui? Nenhum!!!!
Como repararam acima, eu não disse ao pormenor como se mede a DRA, e também vou deixar exercícios para realizar em casa.
Para iniciar exercícios para a DRA, poer ser algo tão específico e com respostas tão variadas de corpo para corpo, necessitará sempre de uma avaliação prévia, personalizada, com um profissional qualificado. Portanto, antes de fazer exercícios em casa, recorra a alguém, com certeza essa pessoa (se fosse eu fá-lo-ia), dar-lhe-á, depois de uma avaliação pormenorizada as melhores soluções, mais eficazes e mais económicas. Queremos que fique bem, mas sabemos das limitações que uma recém Mamã pode ter.
O mundo do fitness está cada vez mais presente, o que é ótimo, porque estimula algumas pessoas a querer adotar um estilo de vida, mas é necessário perceber que o que resulta nuns, pode até ser prejudicial para outros, logo, nada melhor do que recorrer a um profissional qualificado e, por favor, não invente em casa. Poderá, depois dessa avaliação, realizar exercícios adequados a si, sozinha.
Para finalizar tenho que ressalvar que, a barriguinha do pós-parto não é sempre DRA. Às vezes é gordura acumulada, flacidez da pele, sem existência de afastamento acentuado dos Retos. O corpo demora uns meses a recuperar, e a barriga, que sofreu alterações grandes, necessita de tempo, não vale a pena querer regressar à forma m dois dias, não vai acontecer. Tem que respeitar o seu corpo.
Já sabem, a mim, podem encontrar-me em Aveiro na Clivida, ou procurar-me através da página de facebook ‘Espaço S’.
Nota: Fala-se muito em cinta pós-parto para ajudar a resolver esta questão. Vou deixar o assunto das cintas, da gravidez e pós-parto, para outro textinho, ok?
Como sempre, espero ter ajudado.
Beijinhos,
S.
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