Hoje, no dia em que comemoro os meus 39 anos acabadinhos de chegar, voltei aos meus 37, para ver o quanto eu tinha ou não mudado. Ainda pensei chamar a este texto Ter 39 Anos, mas rapidamente vi que ter 39 não é muito diferente de ter 37, aquele resumo continua actual, bonito e fiel a quem eu sinto que sou.
O que me faz cá escrever hoje não é uma definição, é mais um estado de espírito.
Eu sempre gostei muito de fazer anos. Não sou de festejar os anos, dispenso a tensão de garantir o sucesso de uma festa em que eu seja o centro das atenções, mas gosto de celebrar o meu aniversário, gosto de receber os parabéns dos que me são queridos, gosto de receber alguns presentes (quem não?), gosto de passar um dia especial a marcar mais um ano passado e outro que começa.
Este ano foi muito feliz. Acordei bem disposta, cheia de energia, tive direito a um dia lindo, com um vento gelado que batia na cara e me acordava para a luz do sol. Os meus filhos cantaram-me os parabéns logo de manhã e a família toda à noite, e entre esses dois momentos dediquei o dia a celebrar os meus anos.
Celebrar os anos com gosto depende muito do nosso estado de espírito. A partir dos 30 e muitos, depende muito de nós entrar em mais um ano de vida com o pé direito. Uns anos são uma brisa, outros anos são mais pesados. Como naquele dia da viragem fazemos invariavelmente um balanço e nos olhamos ao espelho e por dentro, como nós estamos vai ditar como nos sentimos neste dia em particular.
Lembro-me que no ano em que fiz 35 anos custou-me um bocado. Estava cansada, com o Miguel tão pequenino a mamar de quatro em quatro horas, eu sem dormir nada de jeito, com imenso trabalho nas costas, sem perder o peso pós parto por nada, ainda disforme, não estava no meu melhor. Os 35 pesaram-me muito, pensei mesmo que a partir daí seria sempre a descer, já não ia mais comemorar os anos com gosto. Quase 5 anos depois, encaro os 39 com a alma lavada: decisões profissionais que há muito me devia e finalmente tomei, que me vão tirar toneladas da alma já estão em andamento, os blogs a crescer, eu a cuidar do meu corpo e alma que tão bem me levam para a frente com yoga, descanso, mimos bons e boa alimentação. Eu sei perfeitamente o que me faz bem. E pô-lo em prática é o desafio diário.
Quanto melhor nos tratarmos, quanto mais cuidamos da nossa vida, do nosso bem estar, melhor vão correr os balancetes da vida. As rugas não vão interessar nada, se o sorriso for genuíno, de bem com a vida. Fazer anos não custa nada quando estamos de bem com a vida.
O hubby dearest odeia fazer anos porque ele liga directamente a passagem do tempo ao envelhecimento. Eu também sinto que não estou a ir para mais nova, pelo contrário, parece que ultimamente, em cada ano que passa, o meu corpo (potencialmente!) envelhece uns dois ou três.
Mas, mais do que simplesmente envelhecer, eu sinto que cada ano que passa é mais um ano que ganho, mais um ano em que tenho os pés pregados a esta terra, mais um em que eu ando aqui a fazer coisas, a aproveitar as minhas pessoas, a viver uma vida que tento preencher de coisas boas. E aos 40, o desejo é chegar ainda melhor do que estou hoje. Palavra de honra.
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