Mais um dia que chegou ao fim numa semana com um ritmo alucinante. Não há tempo para respirar, apenas seguir de meta em meta, tarefa em tarefa.
Tudo entrançado. Levar os miúdos aqui, entregar um trabalho ali, fazer um recado a seguir, pelo meio fazer telefonemas, picar o ponto, acabar aquele e-mail, ir ao supermercado, com um bocado de sorte arranjar as mãos, e ainda despachar uma reunião.
De repente batem as 5 ou 6 da tarde e temos de voar de volta para os miúdos, vencer o trânsito, chegar no bater da hora de tolerância, levar ao ballet, à natação, a casa de algum amigo. Sempre disponíveis para os nossos maiores amores enquanto mais e-mails batem na caixa de entrada, mais notificações soam no telemóvel carrasco. Jantar, banhos, trabalhos de casa, brincar, acarinhar, ouvir, aturar.
Arrumar, limpar, preparar o dia seguinte, igualmente preenchido. E quantas vezes abrir o turno da noite, acabar aquele relatório, responder a e-mails, encaixar mais duas horas de trabalho com palitos nos olhos enquanto já se sonha com a cama.
Agradecer o pequeno milagre de não acontecer nenhum imprevisto, nenhuma doença, nenhuma avaria, nenhuma desgraça que rebente esta trilha de dominó e nos ponha a lista interminável em suspenso. Ou em grito mudo, a exigir uma solução que é impossível mas temos de desencantar enquanto o mais novo pousa a cabeça a arder em febre no nosso ombro.
Assim é mais um dia na vida da mãe moderna. A desdobrar-se em mil para responder a tudo. Para ser a melhor mãe, ser a melhor profissional. Não deixar nenhuma bola cair. A trabalhar como se não tivesse filhos. A criar filhos como se não trabalhasse.
Este paradigma tem de acabar! Ninguém aguenta isto uma vida toda sem que uma parte rebente! O trabalho, a família ou a nossa espinha.
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