Vamos começar assim para esclarecer: NÃO EXISTE LEITE FRACO!
Existem, isso sim, em torno da gravidez e primeiros cuidados aos bebés, uma infindável coleção de mitos e "dicas caseiras". Existe também muita contra informação e quando uma mulher noticia que está grávida, as opiniões e tais "dicas" multiplicam-se à velocidade da luz.
Aquilo que os outros dizem baseando-se no senso comum e em histórias próximas ou próprias - valorizando sempre que o objetivo das pessoas é ajudar - pode ser na verdade perigoso até, mas tanta informação será com certeza, no mínimo, cansativa.
Deve, obviamente, ouvir os conselhos das pessoas com experiência, escutar as histórias das vizinhas, avós e primas mas deve, acima de tudo, FILTRAR essa informação e perceber (com alguém formado na área) se será verdadeira ou sem fundamento.
Relativamente ao leite da Mãe não há exceção! Quem já amamentou - ou viu amamentar - terá algo a dizer-lhe sobre o assunto, mesmo que não tenha por certa a veracidade da informação que fornece.
A amamentação não é intuitiva (não para a Mãe), é necessário estabelecer esse processo que passa por várias fases de adaptação do bebé e da Mãe.
A Organização Mundial de Saúde refere que o bebé deve alimentar-se exclusivamente de leite materno no mínimo até aos seis meses. Não há exceções nestas diretrizes, tão bem definidas, para as Mães do "Leite Fraco", porque estas Mães - e leite fraco - não existem. Haverá, eventualmente, apenas exceções para condições clínicas particulares - como medicação ou patologias - da Mãe ou Bebé).
Pergunta: Se nos países subdesenvolvidos, uma mulher subnutrida, em condições de saúde e de vida mais que precárias, consegue produzir leite ÓTIMO para que o seu filho sobreviva (a estas também é recomendado que amamentem, pela saúde de ambos!), uma mulher saudável e bem nutrida produzirá mesmo leite fraco? Não!
Não se deixe desanimar nem ser constantemente posta em causa, sobretudo se é Mãe de primeira viagem.
A amamentação pode ser um processo adaptativo, complicado, nada instintivo por vezes, que requer informação, persistência, tempo e paciência.
Se houver dificuldades ou dúvidas contacte um profissional, ou um espaço, especializado como um Cantinho da Amamentação. Felizmente, há cada vez mais espaços que ajudam as Mães a levar a bom porto este processo de entendimento com o seu bebé para que possa dar-lhe de mamar sem se sentir perdida ou sozinha.
Se as dificuldades persistirem e tiver que partir para outras opções de alimentação do bebé, não se culpe nem martirize, escolher (de forma informada) o melhor para si e para o seu Bebé é uma decisão sua (casal) e tem que ser respeitada.
Não é esta questão, em particular, que vai fazer de si melhor ou pior Mãe, interessa apenas o bem-estar de ambos.
Beijinhos,
S.
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