Hoje não vou falar de nada muito técnico, pelo contrário, escrevo-vos sobre algo de senso comum, cujo significado, e prática, são muitas vezes esquecidos: Empatia!
Segundo a nossa querida wikipédia, que tantas vezes mente, porém dando aqui uma definição bastante clara até, o significado desta palavrinha é:
“Empatia é a capacidade de entender e sentir o que outra pessoa está experienciando, partindo da perspectiva referencial que é pessoal a ela, ciente das próprias limitações em acurácia, sem confundir a si mesmo com o outro. Em outras palavras, seria o exercício afetivo e cognitivo de buscar interagir percebendo a situação sendo vivida por outra pessoa (em primeira pessoa do singular), além da própria situação.
O termo foi usado pela primeira vez no início do século XX, pelo filósofo alemão Theodor Lipps (1851-1914)], "para indicar a relação entre o artista e o espectador que projeta a si mesmo na obra de arte". O termo advém do grego EMPATHEIA, formado por EN-, “em”, mais PATHOS, “emoção, sentimento”.
Na psicologia e nas neurociências contemporâneas a empatia é uma "espécie de inteligência emocional" e pode ser dividida em dois tipos: a cognitiva - relacionada com a capacidade de compreender a perspectiva psicológica das outras pessoas; e a afetiva - relacionada com a habilidade de experimentar reações emocionais por meio da observação da experiência alheia.
Pesquisas indicam que a empatia tem uma resposta humana universal, comprovada fisiologicamente. Dessa forma pode ser tomada como causa do comportamento altruísta, uma vez que predispõe o indivíduo a tomar atitudes altruístas.”
Tal como escrito acima, ter a capacidade de se colocar no lugar do outro, sem se perder de si mesmo, é ser-se empático.
Agora vamos fazer um exercício… Tentem colocar-se no papel de uma grávida, ou no de uma recém-mamã. Imaginem-se com quilos a mais, paciência a menos, olheiras a mais, raízes a mais, unhas a menos, sono a menos, rotinas descontroladas, dores generalizadas, insatisfação profissional, vida íntima do avesso, vida pessoal e social anuladas (temporariamente esperemos…), muita responsabilidade e pressão sociais e familiares, medos, expectativas… Uma montanha-russa, portanto.
Quando uma Mulher está grávida, ou acabou de ser Mãe, encontra-se, realmente, num estado desorganização física, mental e emocional muito grande.
Se experimentarem, e conseguirem, colocar-se no lugar destas mulheres, vão perceber que isto é tudo menos fácil.
Onde quero eu chegar com isto?
Quero que as pessoas que lidam com grávidas, ou recém-mamãs, façam o exercício de se colocarem no lugar destas Mulheres e PAREM DE MANDAR BITAITES!
Seja você a Mãe, a sogra, a prima, o marido, a melhor amiga… Às vezes a melhor ajuda que pode dar a estas Mulheres é, simplesmente, não dizer nada, ou não aparecer até.
Quando uma Mulher está cansada, por vários motivos inerentes à gravidez e maternidade, não ter ninguém por perto pode acabar por se tornar um excelente momento, um tempo de cuidar de si, de olhar para si e ocupar-se consigo. Existem vários planos que pode colocar em prática, como estar só com ela num jardim ou no sofá a esvaziar a cabeça de pensamentos, beber chá, ouvir música, ir caminhar, ver um filme ou ler um livro… Na verdade, usufruir da companhia de si própria poderá revelar-se um momento muito bom para a grávida. Como passar esse tempo sozinha, dependerá daquilo que gosta de fazer, mas poder decidir será com certeza uma ótima sensação. Respeite esses momentos.
Gravidez não é doença e, confie em mim, não estar constantemente a ser bombardeada de sugestões, opiniões e histórias de outros faz muito bem à alma. Por isso, se decidir aparecer, pergunte primeiro se é oportuno, ou pelo menos, avise antes, para perceber se a pessoa que vai visitar está, ou não, recetiva à sua visita.
Se decidir(em) que não há inconveniente algum com a visita, não haverá, obviamente, necessidade de ficarem em silêncio profundo e constrangedor, mas, falar de trivialidades, de moda, de política, de decoração, de economia, de tudo o resto que não seja gravidez e maternidade, ou melhor, deixar a escolha do tema de conversa ao critério da grávida ou Mãe (e ela pode escolher conversar sobre gravidez e maternidade, mas por opção dela, não por imposição), serão opções perfeitas.
Se a pessoa que vai visitar for uma familiar, ou amiga muito próxima, poderá ser muito mais proveitoso perguntar se ela necessita de algum tipo de ajuda, para realizar algumas tarefas domésticas, preparar alguma comida e deixar de SOS no congelador, marcar cabeleireiro, fazer-lhe uma massagem, vigiar o bebé enquanto a Mãe toma um banho mais demorado, fazer companhia para ver um filme… Acredite, há muitas, muitas coisas que serão uma ajuda, e estas não incluem ficar com o bebé enquanto a Mãe aspira, cozinha, lava loiça, passa a ferro, no caso da recém-mamã (a menos que esta lhe peça para, por querer um tempo para si mesma). Nem incluem falar de gravidez e parto, experiências suas e de outras, durante horas, excepto, claro, se a grávida estiver disposta a ouvir.
Voltamos acima no texto… faça um exercício, COLOQUE-SE NO LUGAR DA MULHER, seja EMPÁTICO, tente perceber o que seria bom para aquela pessoa, naquele momento.
Melhor ainda, se não sabe, e não consegue perceber, o que esta Mulher precisa ou quer, pergunte-lhe! Não assuma que sabe tudo o que ela precisa!
Nunca se esqueça que uma grávida, recém-Mamã ou Mamã de vários, será SEMPRE, e em PRIMEIRO, um ser individual, com necessidades próprias. Será sempre, em primeiro, MULHER! Respeite isso!
Beijinhos,
S.
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