Como em tudo na vida, é no momento de maior desorganização que o ser humano adquire a capacidade de se redefinir, de crescer!
A chegada de um filho envolve um grande processo reorganização familiar, muitas vezes acompanhado de reestruturação de identidades e mudança de papéis, é que para além de filhos, passarão a ser pais!
Tomar a decisão de ter um filho envolverá aspetos conjugais, sociais, familiares, profissionais, emocionais, biológicos e económicos...
Dá-se um salto para o desconhecido, onde se encontram peljo caminho vários sentimentos, desejos e angústias.
As dúvidas e constantes incertezas relativamente ao desenvolvimento do bebé, se será saudável, se como Mãe/hospedeira deste novo ser, alguma alteração será da sua responsabilidade, pela sua conduta durante a gravidez, o receio de não ser boa Mãe (Pai), se terá ou não capacidade de cuidar e educar uma criança, e corresponder às elevadas expectativas que se criam em torno dos futuros papás… são, com certeza, grandes preocupações!
Estas são ilações verdadeiras que podem até levar a aditamentos constantes na tomada de decisão.
Perceberá que própria dinâmica relacional entre si e o seu companheiro, é um fator determinante nesta vontade e deverá estar tão presente num elemento como no outro. A assunção de novas responsabilidades familiares, educacionais e sociais, que alteram consideravelmente as prioridades e rotinas do casal, são também fatores de peso na hora da decisão.
È mais que certo que a mulher sofre grande parte das transformações emocionais e físicas, contudo, não podemos deixar de ressalvar a importância do papel do pai.
Percebam que o papel ativo do pai é fundamental para que a gestação decorra de forma tranquila, estável e feliz. E apesar dos diferentes graus – ou formas - de envolvimento, a gravidez tem repercussões efetivas no pai.
Abaixo falaremos, de um modo geral, de várias alterações que ocorrem durante cada trimestre. Noutros textos, iremos falando década tema mais especificamente, bem como, de estratégias facilitadoras para esses momentos.
Primeiro trimestre
No primeiro trimestre, como o feto ainda não é sentido, logo, apesar dos enjoos e sono (se os tiver), aqui passará pelas maiores oscilações de sentimentos: alegria, apreensão, medo, até mesmo rejeição.
Há também no primeiro trimestre o misto de reações vindas dos familiares e dos amigos ao partilhar a notícia, as expectativas criadas por si e pelos outros relativamente ao desempenho do seu papel de Mãe. Não se iluda, toda a gente vai opinar!
Segundo trimestre
O segundo trimestre é considerado a melhor fase da gravidez para a mulher, quando os riscos de aborto já serão diminutos e poderá já nesta fase sentir os movimentos do interior do seu ventre.
Aqui começará a formar os primeiros conceitos sobre tipo de mãe que vai ser, imagina o seu bebé, dá-lhe forma e conversa com ele como se já tivesse nascido.
Há já vinculação com o seu pequeno ser e consequente sensação de bem-estar.
Será também aqui que poderá sentir algumas oscilações na sua auto-estima. Por um lado sente que o que lhe esta a acontecer é algo divino, único e sente-se também única e especial, por outro, com todas as alterações físicas como o aumento de peso, as dores, o inchaço e todas as alterações e sintomatologia menos agradável, poderá sentir-se menos feminina e atraente, o que causa alguns danos (temporários) na auto-estima.
É ainda no segundo trimestre onde poderá ocorrer a desfragmentação e reestruturação da identidade, tanto da sua, que passa a ser – também - Mãe, que pensa e repensa tudo o que essa nova identidade acarreta (expectativas, receios, dúvidas) e a identidade do bebé também, já considerado por si um ser individual, com identidade própria, por quem é responsável.
Terceiro trimestre
É aqui que a coisa aperta…
São vários meses com várias fases lindas mas… Chega!!! Vi querer o seu corpo de volta e o seu rebento nos seus braços.
As emoções intensificam-se muito, pois aguarda-se a chegada a qualquer momento do novo ser. Aumentam a pique os níveis de ansiedade pelo término desta fase e quanto mais se aproxima a data, maior o nível de impaciência.
Da parte da mãe especificamente, por todo o desconforto que o final da gravidez provoca e, claro, o expectável medo do momento do parto.
Ambos sentirão com maior nível de intensidade, o receio e vontade de serem efetivamente, e na prática, PAIS, assumirão a transição de papéis e intensificar-se-á o desejo que o parto corra bem e o bebé nasça saudável.
Esta viagem é uma montanha-russa mas vale muito a pena!
Boa viagem Papás e Mamãs!
Beijinhos,
S.
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