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Espaço da Mãe | Depressão Pós Parto

Por Tatiana Homem

Durante 9 meses, mais coisa menos coisa para a generalidade das mães, fazemos planos, fantasiamos, sonhamos com tudo aquilo que os nossos filhos podem vir a ser e com a relação que construiremos com eles. Lemos muitos livros, assistimos a cursos, conversamos com quem já tem filhos e vamo-nos sentindo cada vez mais preparadas e seguras para lidar com o nosso bebé.

Mas nada nos prepara para os sentimentos de tristeza, insegurança, indiferença e pânico que podemos sentir depois do nascimento do tão desejado bebé! Afinal, não é suposto sentirmo-nos felizes e gratas nesta altura das nossas vidas? Não é suposto ser um momento de alegria e de união familiar? E quando são estes os sentimentos que predominam, sentimo-nos culpadas, falhadas, pouco competentes como mães.

No entanto, estes sentimentos são muito mais comuns do que poderíamos pensar. Diferentes estudos americanos referem que uma em cada 7 mulheres sofre de Depressão Pós-Parto (DPP) e a grande maioria das recém mamãs experimenta pelo menos alguns dos sintoma de depressão pós-parto, tais como cansaço e irritabilidade; tristeza; desesperança; alterações do apetite e problemas de concentração. Estes sintomas, dos chamados baby blues ou blues pós-parto, desaparecem ao fim de algumas semanas. Quando isto não acontece e os sintomas persistem é altura de pedir ajuda!

O que torna algumas mulheres mais vulneráveis ao aparecimento de uma Depressão Pós-Parto (DPP) não é ainda totalmente claro para os investigadores. Os fatores genéticos têm um papel importante; as flutuações hormonais durante a gravidez e a privação de sono nos primeiros meses de vida de um recém-nascido também. Nesta área, tal como noutras, a aposta na deteção e intervenção precoces parece ser fundamental, devendo o despiste destas situações ser feito, de forma rotineira, ainda durante a gravidez e logo depois do nascimento do bebé.

É um problema sério, que pode afetar de forma grave a relação mãe-bebé, tornando-se assim fundamental que os preconceitos relacionados com o facto de a maternidade não ser sempre sinónimo de alegria e realização, sejam ultrapassados e que cada mulher tenha direito à ajuda que necessita e merece.

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