Quando o meu marido me enviou o vídeo dizendo "És tu!", eu vi logo que sim, era eu. Na altura neguei, claro, mas sim, eu sou mesmo assim. Hoje admito, à data não.
Tinha finalmente conseguido pôr um nome novo neste meu mal antigo, o pré-sono. Obrigada Ricardo Araújo Pereira, por mais uma vez trocares a minha vida por miúdos.
Ora, para quem não se acusa ou não saiba do que falo, só de ouvir o nome, atentem na explicação, pelo próprio RAP:
Pois que me acontece exactamente isto que o RAP tão bem exemplificou, cada vez mais vezes e cada vez mais grave.
Só não sofro dos fenómenos associados! Mas afinal sofro sim. Já nem nego que sofro dos efeitos.
É que eu ando exausta, não consigo evitar o pré-sono! Nem atinar... O meu dia começa com um ou dois filhos enfiados na minha cama, que vão pingando por lá a partir das 6 e tal, 7 da madrugada, pela fresquinha. Sorrateiramente e supostamente para dormir, mas não dá. A partir daí, esquece, se volto a adormecer, é para acordar meia hora depois com um martelo na cabeça, porque o pouco sono foi cortado. Uma vez levantada, corro a maratona do dia, em estafetas e gincanas para tratar dos miúdos, trabalhar, tratar de mil e um recados. À noite, depois da tareia de deitar os miúdos, eu aterro no sofá e trabalho mais um pouco, com palitos nos olhos. E não aguento, apago. Mas apago completamente, com o computador no regaço, lá pelas 22 e tal. Depois disso, tudo é uma neblina durante algumas horas. O meu marido tenta estabelecer contacto comigo, eu vou acordando a meio de um grito da televisão, sempre com os músculos presos, num sono acordado. Depois, lá pelas 2 e tal da madrugada, como diz ainda o RAP, acordo estremunhada. No entanto, não vou para a cama. E é aí que a asneira é ainda maior, tenho de admitir. É aí que dou cabo do meu dia seguinte. Em vez de me arrastar para a cama como boa praticante de pré-sono, eu enveredei por uma modalidade ainda mais perniciosa, que consiste em "acabar umas últimas coisinhas" que ainda tinha pendentes. E então, agarro-me ao computador, acabando essas coisinhas e viajando na maionese por mais umas duas horas. 4 da manhã. A mal dizer a minha vida vou para a cama, de telemóvel em punho. Erro crasso! Chego à cama e ainda passo os olhos por "mais umas coisinhas". Quando finalmente me obrigo a pousar o diabo do telemóvel já se ouvem os passarinhos, eu estou desperta, porque diz que a luz led desperta e eu confirmo, e, já na modalidade "às voltas na cama", começo a contar os minutos para o miúdo dar sinal, porque são quase seis da manhã.
E têm sido estas as minhas noites. E eu cada vez mais exausta. Quem é que me dá um estalo?
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1 comentário(s)
Que saudades das maravilhas! :) Ahahahah! Eu também sou praticante do pré-sono, todos os dias!... Mas acabo por ir para a cama lá para as 24h, a mal dizer tudo e mais alguma coisa! :D Confesso que aquele sono no sofá me sabe pela vida. Claro está, o pior é ir para a cama, depois! Beijinhos
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