Este fim-de-semana foi do pai.
Já falei várias vezes em como me sabe pela vida estes momentos. Fiz tudo o que uma mulher solteira tem direito. Praia com amigas, jantar com garrafa de vinho branco bem gelado, gargalhadas, passeio de mota agarrada à barriga dele, a pele queimada do sol, cheiro a sal e a creme bronzeador (adoro o Verão caraças!!!), deitar quando me apeteceu, acordar quando me apeteceu, comer quando me apeteceu. O que me apeteceu! São estes pequenos momentos de libertação (e libertinagem às vezes) que fazem de mim um ser humano leve, feliz e resiliente. E fazem também de mim uma mãe serena, feliz e a morrer de saudades deles à 2ª feira.
Estava desejosa que o trabalho acabasse para ir a voar buscá-los ao colégio. Agarrá-los! Beijocá-los!!! Saber das novidades todas do fim‑de‑semana (apesar do pai me manter sempre informada com reportagem fotográfica e tudo)! Cheirar aqueles pescoços bons que, diga-se, àquela hora do dia já só cheiram a cão vadio. (É impressionante a forma visceral e animalesca como cheiramos os nossos filhos como se de animais nos tratássemos!)
Saí bem cedo do trabalho e fomos à praia dar um mergulho.
E ali estávamos os três. Acabados de sair da água, sentados na minha toalha e virados para o mar. Eles contavam as aventuras todas como se de dois adultos se tratassem. Eu bebia as palavras deles, mas sobretudo, bebia a voz deles. Olhava para cada centímetro do corpo deles e apreciava como eles tinham crescido nos últimos 3 dias.
Como estavam mais bronzeados, mais bonitos, mais espertos. Só me apetecia dar-lhes beijos e morder-lhes os braços!!! Comê-los de amor!!!!! Estavam mesmo um máximo!
As mães são mesmo totós!
Dentro de pouco tempo faz 3 anos que tudo desabou... E hoje, olho para eles e vejo como são felizes e como estão crescidos. A impressionante forma como lidam com a vida, como falam com orgulho e felicidade dos programas que fizeram com o pai e como estão felizes em estar comigo de volta.
Vê-los bem resolvidos com o que a vida lhes guardou é mesmo o maior orgulho que eu posso sentir. A sensação de alívio e de serenidade é algo que não tem preço. Foi duro! Mas já cá estamos!!!
Obrigada meu Deus! Obrigada por nos teres acompanhado sempre, por nos teres guiado e por nos teres trazido até aqui sãos e salvos!
Bora lá continuar a viver!
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1 comentário(s)
Quando tudo desaba e se tem filhos pequenos, também falo por mim, tudo parece perdido. Mas o tempo ajuda a curar, a fé a acreditar e depois tudo faz sentido e só sentimos paz. Pode não ser o que sempre imaginámos mas existe a paz de espírito e o amor incondicional dos filhos em corpos pequenos. As nossas crias...que por eles tudo...e são eles k nos restam <3
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