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Mãe

As mães que julgam

Por Inês S.

Eu julgo. Julgo as outras pessoas, julgo as outras mães. Julgava antes de ser mãe, continuo a julgar. Eu sou apenas um ser humano e os seres humanos são assim, julgam os outros pela sua bitola, pelo que eles fariam, pelo que julgam que deviam fazer.

Todas as pessoas julgam. TODAS. Há quem julgue os outros muito alto, com letras garrafais no Facebook, com bocas muito altas para o outro lado da sala ouvir, com indirectas bem certeiras. Há quem julgue em pensamento, com um olhar gritante, com um silêncio todo de pensamento feito. Há quem seja primo afastado do Dalai Lama e julgue numa fracção de segundo e logo sacuda esse pensamento.

Todas as pessoas fazem juízos de valor a toda a hora. É o que faz de nós seres racionais.

Agora! Cabe a nós continuarmos a ser umas major bitches e julgar os outros alto e bom som, ou podemos tentar ser melhores versões de nós próprias, eternas pecadoras, e tentar julgar baixinho, só em pensamento, só a corroer-nos a vontade de tentar emendar. Melhor ainda, interiorizar que há diferenças entre todos nós e simplesmente evoluir e conseguir não julgar. Ou pelo menos julgar menos, não julgar alto. Acho que não julgar é um sinal de crescimento e evolução pessoal, mas involuntário, não premeditado, porque se nos forçamos a não julgar, é porque primeiro teve de ser criado um julgamento. Vamos crescendo.

Hoje eu julgo cada vez menos alto e gosto de pensar que cada vez menos. Há coisas que me tiram do sério e lá vai a minha sentença. Para o ar, para a pessoa (íntima) que está ao meu lado, para aqui até. Mas ou eu considero essas coisas mesmo o fim da linha ou eu tenho a chave para a felicidade da pessoa que estou a julgar. E ainda assim pode não ser, nunca se sabe e eu cada vez sei que nada sei... Mas continuo paternalista e a tecer juízos de valor. Eu sou humana, já o tinha dito lá em cima! 

Este vídeo resume bem estes pensamentos soltos. Ainda ontem postei no Insta sobre isto de as aparências iludirem, sobre termos todas as mesmas lutas.

Vamos tentar não ser tão abertamente judgmental (não há tradução perfeita para o português desta palavra, será negação ou virtude?), vamos tentar ver que as nossas dificuldades são as mesmas da pessoa ao nosso lado, mesmo que tenham contornos diferentes. Todos temos problemas. Todos nós vamos conseguir ultrapassá-los, seja por nós, seja com a ajuda de uma palavra verdadeiramente amiga, sem mais.

 

 

#eumae

Uma foto publicada por Inês | eu,mãe (@eumae.pt) a Out 22, 2015 às 1:17 PDT

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