Este ano começou entre os amigos de sempre, na nossa fuga colectiva anual para pôr a conversa em dia, as jogatanas em dia, o descanso e a festa em dia! Ansiamos sempre por estes dias e sabe sempre bem! Este ano, no entanto, foi um pouco diferente: estivemos todos mais calmos, eu trouxe o Pedro para a festa (o Miguel ficou no sossego dos avós, para bem dele e nosso sossego) e eu estava mais uma vez doente.
Tive uma recaída na amigdalite e voltei a ficar de rastos, o que espelha bem o esgotante que este ano foi. Quando faço a retrospectiva, o melhor do ano foi acompanhar as graças e o crescimento lindo e cheio de saúde e vitalidade dos meus meninos e ainda a grande mudança e crescimento que foi passar das Maravilhas para o Eu, Mãe.
O melhor do meu ano, adoro:
Mas o resto do ano não deixa grandes saudades, não consigo fugir a isso: Janeiro logo a abrir com o regresso ao trabalho, tentando simultaneamente manter o Miguel em casa, um malabarismo com coreografia nova todas as semanas, todos os dias, e com a amamentação a não ajudar. E choveu todos os dias, não havia descanso! Não gostei de chegar aos 35 anos na minha pior forma de todos os tempos, foi deprimente... A necessidade de voltar ao meu corpo, ao meu eu de antes, e ao mesmo tempo de me reinventar, de crescer por dentro e romper com o que já estava instalado em mim. Como me custaram perder os quilos a mais do pós parto e como era difícil olhar para mim e nem me reconhecer de cansada e desgrenhada! Como ainda está a custar, que cada quilo leva-me séculos a desaparecer da balança! A dificuldade em conciliar o trabalho, a casa, os filhos, o marido, o site, o Carrossel, e mais, e mais. Há sempre alguma coisa ou pessoa (desculpem!) pendurada. Passar de um para dois filhos bateu forte ao longo deste ano, foi uma mudança brutal. O tempo (até o raio do tempo!!) nunca mais desatava, parece que nunca mais saíamos de uma Primavera chocha para depois entrarmos directamente no Inverno, com umas pinceladas de calor (e férias tão boas!) aqui e ali. Um mês de regresso ao colégio e pumba, tenho de mudar o miúdo de escola. Na altura em que mais trabalho tivemos com o Carrossel, começámos todos a cair de doentes, como tordos. Era o esgotamento, que este ano parece ter custado um pouco mais a muitos de nós, é sempre a sensação que eu tenho.
2014 não vai deixar saudades a muita gente, até nas notícias se notava este ano denso como um nevoeiro medieval: escândalos escabrosos (BES, Sócrates, Vistos Gold) , acidentes horríveis (de aviões então, não se percebe...), doenças cabeludas (Ébola, Legionela), o novo mapa judiciário e a plataforma informática toda crashada, as colocações dos professores num caos, violência horrível (Síria, Ucrânia vs. Russia, os est**ores da Jihad Islâmica), enfim... nem o Mundial de Futebol se salvou, todos ficaram a chorar baba e ranho, menos os robots alemães!
Para 2015, não tenho resoluções, tenho antes grandes pontos de luz que não quero nunca perder de vista: a minha família, o meu querido Eu, Mãe, que quero fazer crescer e conquistar o que merece, o Carrossel, e Eu, cuidar mais de mim, dar-me mais tempo, encontrar-me mais soluções. E cá estaremos para partilhar as melhores descobertas convosco, que o meu relato melodramático não pode ser tão diferente de muitas de nós. Quero destralhar a minha casa, o meu escritório, a minha cabeça. Para poder crescer, mais e mais.
Há 15 anos que estamos nos anos 2000 e nota-se!
Venha então 2015, ano da cabra no calendário chinês, o meu signo, o meu ano, novamente! E uma coisa é certa, ao contrário do ano passado, que logo começou com chuva, este ano começou num maravilhoso sol de Inverno, que adoro! Só pode ser bom sinal.
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