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Mãe

6 coisas que nunca pensei fazer enquanto mãe

Por Inês

Imaginação vs. Realidade! Quando eu era jovem e livre como um passarinho e sonhava em ter uma família, a ideia que eu tinha da maternidade era muito diferente da realidade que vivo hoje. Sim, eles choram e dão trabalho, mas eu não perderia a minha coolness, e bastaria a minha força de vontade para que tudo fosse calmo e suave, o que é que poderia sair ao contrário? Havia imensas coisas que eu garantia que NUNCA iria fazer! Bem, o facto é que seis anos e dois pequenos piratas depois, eu percebo que não sou propriamente a mãe que eu achei que seria. A maternidade muda completamente a nossa vida e as nossas convicções, nem nós imaginamos quanto! Aqui está o meu top seis de falhanços parentais:

1 | Nunca bater - Sempre jurei que nunca iria gritar com os miúdos, que não é assim que se resolvem as coisas e então bater, nem pensar! Não "bater" (as in, estalo na cara) ainda é algo que eu consigo cumprir, nem que seja para não dar o mau exemplo do que não quero que eles façam. Bater para que não batam, ou como castigo, não faz mesmo sentido. Mas já tive de dar um estalo nas pernas do mais velho para o chamar à terra quando está completamente alucinado e boy, se essa me dói. Mas depois de perdido por 100 e ter de gritar para o chamar à razão, acaba por sair um tapa bem metido para parar de vez. Parou tudo!!!

2 | Nunca gritar - Lá está, eu pensava que seria o tipo de mãe que iria rir e brincar com os meus queridos e adoráveis rebentos o dia inteirinho. Eu acenava com a cabeça e eles seguiriam sem mais. Nunca iria perder a calma, nem desesperar, sequer revirar os olhos ou sussurrar palavrões entredentes. Bem, a verdade é que, em vez disso, eu passo metade do meu tempo a disparar ordens e a gritar com eles por tudo, desde recusarem-se a sair de frente da TV ou comer a sopa, e a outra metade, a gritar para que eles parem de gritar! O que aconteceu ao meu estado zen, onde foi parar o Dalai Lama que eu sei que há em mim? #sqn...

3 | Ser o polícia das sestas - Rotina sim, garantir um ambiente calmo, tudo bem, mas agarrar-me à cadeira para não saltar ao pescoço do palerma que ousa falar um decibel acima durante a sesta dos miúdos, foi coisa que nunca pensei que tivesse de controlar. Pois sim, ai de quem ouse fazer barulho durante a sesta dos miúdos, só não lhes mando um berro porque... hello? Não os quero acordar?! Mas saem olhares assassinos e "SHHHHHHIIIIIIIUUUUUUs" aluciandos para todos os lados.

4 | Comprar roupa para eles em vez de para mim - Nunca pensei que chegasse o dia em que sairia para comprar roupa para mim, toda decidida, toda necessitada, e acabasse no departamento kids. Mas pareço um íman, as peças são irrestíveis para eles e era tudo tão deprimente para mim, no pós parto. Voltar ao peso e curvas de antigamente ajuda muito a voltar a passar o cartão por mim, mas ainda assim, quantas vezes saio mentalizada que "eles não precisam de mais camisolas" e volto com mais uns sacos, é tudo tão querido...

5 | Dividir a atenção ao bebé com o computador - Nunca ter o computador ligado com o bebé acordado, manter o telemóvel ao largo do bebé, dar-lhe toda a minha atenção, sem gadgets ou distrações. Está bem. Pois. Impossível. Quantas vezes estou a acabar um email com o bebé ao colo, a esticar o braço e a ver o Instagram de soslaio enquanto leio o Pinóquio pela 5635ª vez, a fazer vista grossa à balbúrdia que vai pela casa porque "não posso mesmo" pousar o computador. Não é bonito de ver, mas é impossível não o fazer, mea culpa.

6 | Gabar-me dos miúdos - Se há coisa que eu não suporto são pais gabarolas, ou que não têm a noção de que o seu perfeito rebento não só não é perfeito, como os seus feitos não são únicos e inigualáveis. "Ai que ele já faz isto", "Ai que ela está super avançada para a idade e já faz aquilo", por favor, poupem-me. Os bebés do próximo são tão únicos e especiais como os do lado. Mas... quantas vezes já me apanhei a contar coisas espetaculares que os miúdos fazem, como se fossem um feito nunca antes visto, ou não consegui resistir a subir a parada na troca de galhardetes das etapas e façanhas dos bebés. Não dá para resistir, as palavras saltam-me da boca. É que eles são mesmo o máximo, o que é que hei de fazer?!

NUNCA dizer nunca!

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