Eu tenho uma imaginação muito fértil, dramática e algo sinistra. Dou por mim a sonhar acordada com autênticas cenas de novela que me podiam acontecer. Basta vê-las nas notícias ou na net, imagino logo que é a mim que acontecem. Recrio enredos, choro sozinha e tudo, uma tolice!
Uma das cenas mais doidas, mórbidas mesmo, que me acontecem, envolve os meus filhos. Será que é só a mim que isto acontece?
Então, sempre que eu piso ou dou de caras com um brinquedo ou objecto dos miúdos de surpresa e fora de contexto, assalta-me imediatamente um pensamento macabro...
Por exemplo, se eu destapo uma panela e está lá um carrinho, se eu abro uma revista e salta de lá um desenho, se eu entro no meu quarto às três da manhã e dou um pontapé num brinquedo que se põe a cantar,... depois do primeiro segundo de surpresa, o meu primeiro pensamento é:
"Imagina se isto me tivesse acontecido depois do meu filho ter morrido?"
É a primeira coisa que me passa pela cabeça, não acho normal! Acto contínuo, imagino a minha dor dilacerante ao viver aquela situação, orfã de filho - que nem há nome para esse não estado de vida. Dá-me um aperto no coração, morro logo ali um bocado. Só de imaginar, e eu imagino, sempre!
Loucura, eu sei, mas sou só eu a fazer destes enredos macabros? Isto faz um bocadinho parte desta nossa condição de mães, de viver com o coração a bater fora do peito, não? A loucura que todas nós mães temos? Não? Sou apenas eu a doida de serviço...
Clique na Imagem para ver a Galeria
TweetDeixe o seu comentário
Publicações relacionadas
Visite também o nosso blog irmão