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Mãe Bio-Lógica | 15 coisas que me irritam no meu filho de 2 anos e 1/2

Por Linda Barreiro

As últimas semanas têm sido particularmente exigentes no que toca ao exercício da Parentalidade cá em casa e por mais paciência que cada um de nós tenha - um de cada vez, não os dois ao mesmo tempo - a coisa não tem estado fácil. Não gosto nada de medir tudo pela mesma bitola nem de contribuir para perpetuar mitos contudo estes 2 anos e meio estão a ser terríveis!

Se por um lado até aqui estava a achar esta fase desafiante, quer por já se expressarem corretamente quer por já começarem a ter alguma autonomia, essa opinião caiu por terra neste último mês. E, numa altura em que se ponderava ir ao segundo, o primeiro começa mesmo a desmoralizar. Será que vamos mesmo ser capazes de passar por tudo isto de novo? Será que vamos sobreviver? Será que ainda vai restar alguma paciência? Será?

Aqui há tempos lembro-me de ter lido um artigo sobre como irritar uma criança de 2 anos e meio e de ter concordado com grande parte dos pontos. A parcos dias do meu completar os 2 anos e 7 meses decidi compilar aquilo que me irrita mesmo no meu filho de 2 anos e meio. Partilhem comigo se sentem o mesmo e digam-me que não é só o meu que é este diabrete, por favor!

 

1. Não poder ser contrariado.

Esta é talvez a que ilustra melhor a tão conhecida “fase das birras”. Odeiam que lhes digamos “não” ou que simplesmente digamos o contrário daquilo que querem fazer ou ouvir e de caminho começam a tentar chantagear-nos através do choro, do grito ou de outra qualquer forma que encontrem para chamar a atenção. Arre, há lá paciência para estas cenas.

 

2. Bater-nos quando está zangado com alguma coisa

Não é que aconteça muitas vezes mas já aconteceu um par de vezes nos últimos tempos. Quando o contrariamos ou repreendemos o gajo acerta-nos com a mão tentando testar mesmo os nossos limites. Por aqui a resposta é exatamente a mesma: se ele me dá eu dou-lhe igual para que perceba e senta aquilo que me fez. Obviamente que não me faço valer da força, mas ele fica possesso na mesma. Azar, temos pena.

 

3. Antecipar a saída da banheira enquanto saio para lhe ir buscar a toalha

Se não trago a toalha logo comigo para a casa de banho estou feita. Enquanto viro costas para a ir buscar ao quarto o gajo já saiu da banheira sozinho e já me anda a correr pela casa fora a pingar água por todo o lado às gargalhadas. Depois tenho eu andar atrás de sua excelência para o limpar aos bocados num jogo semelhante à “apanhada”. Relevo. Afinal de contas está calor e a casa seca rápido e é apenas água que fica no chão. Espero mesmo que no inverno já lhe tenha passado esta mania caso contrário terei de tomar medidas.

 

4. Não deixar lavar-lhe a cabeça no banho

Esta é outra mania recentemente adquirida. Quando lhe tentamos lavar a cabeça no banho não só se chateia, berra e chora como também se coloca com a cabeça para baixo, na parede de fora da banheira, acabando mesmo por molhar o chão todo em baixo com a água que escorre da franja... Ai é tão irritante.

 

5. Aparecer a meio da noite na nossa cama

Foram-se as noites maravilhosas de 11h seguidas de sono e já há uns meses que acorda religiosamente e aparece na nossa cama por volta das 4h da manhã. Por vezes o nosso estado de cansaço já não nos permite voltar a pô-lo na cama dele e acabamos por deixá-lo ali ficar. E se umas vezes o resto da noite até corre tranquilamente outras vezes é terrível ao ponto do meu marido levar com pontapés e de eu sofrer com o facto dele se estar sempre a mexer e só quer a minha almofada. Já cheguei a fugir para o quarto de hóspedes numa destas noites complicadas. É que de manhã eles podem ficar a dormir até mais tarde, mas o despertador a mim não perdoa e às 7h ou antes já tenho de estar fina.

 

6. Demorar 1h ou mais para adormecer

Tal como as noites grandes se foram, também se foram os 5 minutos da praxe para adormecer. Enquanto dei de mamar à noite, e foram 25 meses, nunca tive problemas em adormecê-lo e nem era pelo facto dele adormecer na mama porque isso não acontecia. Dava de mamar 5 minutos e colocava-o ainda acordado na cama, saía do quarto e pronto, estava tudo tratadinho. Agora ora é um ora é outro, vamos tentando intercalar, mas até há bem pouco tempo só queria que fosse eu e aí era mesmo muito cansativo para mim. Entre ler uma história e pedir água, a pedir para acender a luz ou para voltar a ler o livro, tudo vale para servir de desculpa para não adormecer. E entretanto já se passou quase 1 hora.

 

7. Pedir para fazer xixi ou cocó quando o estou a adormecer

Esta vem no seguimento da de cima. E quando já estamos há algum tempo no quarto em silêncio no escuro e dou a coisa quase por conseguida, ele decide pedir para fazer xixi ou cocó... Pronto é apenas mais uma desculpa para demorar mais um bocadinho e atrasar mais o processo. Assim prolonga mais a estadia e dá-nos um bocadinho mais cabo da paciência...

 

8. Deixar-nos sair do quarto e aparecer passado 1 minuto na sala

Esta é a segunda derivada do ponto 6. Quando já se faz silêncio e tudo parece estar tranquilo abandonamos o quarto convencidos de que o menino já dorme finalmente. Eis senão quando nos aparece na sala com aquele ar de carneiro mal morto. E onde já vai o nosso serão...

 

9. Tentar encaixar 2 peças que claramente não encaixam

É o que eu chamo "meter o Rossio na Rua da Betesga". Está visto que aquelas peças não são compatíveis, que aquela tampa não pertence àquele frasco ou que aqueles quadrados de lego não encaixam um no outro. Mas ele insiste porque acha que têm de encaixar e assim que vê que não consegue irrita-se e fica indignado. Então começa a choramingar e a gritar... E eu desde o início a dizer que aquilo não dá, mas ele não quer saber e continua a armar um pé de vento.

 

10. Desencaixar algo propositadamente e pedir para eu encaixar

Isto é um exercício recorrente com um carro que ele tem que desencaixa a carapaça. Ele está sempre a desencaixá-la e a pedir-me: “mãe arranja” e no momento a seguir desencaixa de novo - de propósito - e faz isto vezes sem conta de novamente para testar a minha paciência, bolas!

 

11. Recusar-se a andar a pé na rua

É uma mania recente. Ele que sempre andou imenso a pé, saltava e corria e acompanhava-nos bem a andar sem se cansar facilmente agora só pede colo, meu deus. Parece que desaprendeu totalmente de andar. E o mais irritante é que quando o tentamos pôr a andar ele faz força no corpo e arrasta-se pelo chão... Socorro quando é que isto vai terminar?

 

12. Trazer a mesa de trabalhos do quarto para trepar os balcões da cozinha

Eu sei que a curiosidade deles não tem limites - e também sei que até tenho a minha cota parte de culpa neste ponto pois eu deixo-o cozinhar comigo e ele participa muitas vezes nas tarefas da cozinha - mas eu nunca lhe ensinei a ir buscar a mesa do quarto dele para servir de trampolim para os balcões da cozinha. Oh meu deus como é que ele se foi lembrar disto?

 

13. Insistir em calçar os sapatos ao contrário

Agora felizmente ele tem melhorado este ponto e já me pergunta de antemão se é este ou aquele o sapato correto para aquele pé. Mas antes por mais que eu dissesse que estavam mal calçados, ele insistia que era daquela maneira que tinha de ser, da maneira que ele queria, mal portanto. Enfim...

 

14. Apanhar uma caneta e desatar a riscar o que aparece à frente

E o que normalmente aparece à frente é o sofá branquinho que está ali mesmo à mão de semear. E a caneta normalmente também foi esquecida em algum lugar acessível ao miúdo - por alguém cá de casa que não vou mencionar o nome mas que não sou eu – também não é sempre culpa dele, tadinho! De qualquer modo não pode haver lugar para nenhum deslize, ele não perdoa... Ainda ontem tivemos direito a riscadela no puff em frente ao sofá.

 

15. Ir para o terraço e começar a atirar cenas lá para baixo

Paus, molas, tábuas são só alguns dos objetos que compõem o ramalhete de cenas que ele decide atirar para a rua. A maior parte das vezes estamos a tratar da horta ou da roupa e não estamos a tomar atenção e só quando ouvimos um estouro mais forte é que nos apercebemos. No final ele ainda tem a lata de nos pedir para lhe pegarmos ao colo para ver o que está lá em baixo. E lá vou eu escada abaixo desejando que não me apareça nenhum vizinho a dizer que o carro dele já foi afetado por um pé de madeira de uma palete ou uma tábua... Santa paciência!

 

Contem-me o que fazem os vossos piolhos. Se têm um Nenuco ou um Chucky e digam-me por favor que isto vai passar rápido, não vai?

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3 comentário(s)

Maria de Lurdes Silva31 de Agosto, 2016 às 14:43:25
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Linda Barreiros, o que eu me ri, como sabes cá em casa já são todas grandes, mas todas nós mães já passamos por essa fase. Tudo passa, viram outras birras, manias, teimosias etc etc. Faz parte do crescimento dos rebentos. Testar a nossa paciência e limite é a função destas criaturinhas que tanto amamos. Não esqueças que também tiveste dois anos. :-) Não desanimes beijo <3

Linda31 de Agosto, 2016 às 18:30:26

Eu sei que também já tive 2 anos e também não devo ter sido pêra doce, como bem sabe. Por isso muitas vezes, quando ele me apronta, eu penso: "coitadinhos do meus pais"! :) Beijinho!

Linda 31 de Agosto, 2016 às 20:30:36
Responder

Vou mentalizar-me que o próximo possa ser melhor e que, se isto não for apenas uma fase, ajude este a acalmar. Vamos ver! 😄

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