A discussão parece eterna, mas apenas vem do início da www, mais propriamente das redes sociais. Publicar fotografias nossas, mais premente ainda, dos nossos filhos, no Facebook, por exemplo, é pedí-las, ou será algo tão natural como sacar do telemóvel para tirar, lá está, uma foto?
Pessoalmente, já me fez mais confusão, agora nem por isso.
Esta é a nossa realidade. O nosso mundo é o da imagem, o da partilha, o da informação, o da tecnologia para nos facilitar a vida, para nos aproximar, como meio de comunicação. O nosso mundo já não é o das poucas fotos, o do postal de vez em quando, o das notícias de tempos em tempos. a imagem é um segundo das nossas vidas e o telemóvel é o nosso braço direito, uma extensão do nosso mundo, não mais apenas um telefone sem fios. É esta a nossa evolucao. Bem ou mal? Vamos descobrindo e podando.
Quanto à segurança em particular. Basta parar para pensar. Antes estivessem os pedófilos atrás de um ecrã e não no meio da nossa família ou nas rotinas mais insuspeitas dos nossos filhos. Os pervertidos não querem nada com as fotos dos meus filhos, o material consumido por eles é absolutamente escabroso, uma foto de um puto a sorrir é apenas isso, não o início de uma perversão. Os raptores não precisam que eu poste a foto do meu filho na net, se eles estiverem por perto, eles vêem-me ao vivo e a cores, não através do ecrã. Os cuscos... que cusquem o que eu publico, não seria nada que eu não partilhasse num café. Para mim, esse é o segredo, partilhar apenas o adequado, o razoável, o normal e bonito, e deixar todo o resto para mim.
O mundo de hoje é este feito de milhares de milhões de imagens lançadas à rede por dia, todas as nossas caras estão por aí, ninguém se livra do Google - já se googlaram? - os retratos dos nossos filhos são apenas mais uma imagem debitada por nanosegundo, não é o fim do mundo.
Ainda assim, eu sigo algumas regras básicas, porque apesar de tudo o que desbobinei acima, que las hay, las hay... e também, é tudo uma questão de bom gosto nosso e de preservar o futuro dos nossos filhos, que podem não gostar de se ver na net cobertos de cocó da cabeça aos pés... Mais do que nos preocuparmos com o presente e futuro imediato, a preocupação deve ser mais esta, a do futuro dos miúdos e da mudança de "fofinho-que-é-todo-coberto-de-cocó" para "meu-há-fotos-do-Pedrão-coberto-em-cocó-bora-disseminar-isso-e-infernizar-lhe-o-liceu".
Estas são as fotos dos meus filhos que não publicarei:
1 - Fotos em que estejam outras crianças;
2 - Fotos com os seus nomes completos ou outros elementos de identificação, como nº CC, NIF, morada;
3 - Fotos que identifiquem a escola, a casa ou outro local onde passem muito tempo ou que faça parte da nossa rotina;
4 - Fotos em que estejam nus;
5 - Fotos que possam ser potencialmente embaraçosas.
6 - Nenhuma fotografia dos meus filhos (nem minha) virá com a sua localização. Seja em referência, muito menos em link ou GPS. O serviço de localização do meu telemóvel apenas é ligado quando estou a usar o GPS, de resto, está sempre desligado.
Assim, simples.
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2 comentário(s)
É isso tudo! Subscrevo!
É exactamente isso :)
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