Já não é a primeira vez que eu falo sobre este assunto por aqui, porque não é de todo a primeira vez que eu dou umas férias aos putos e ganho umas férias deles também... Damos essa folga uns aos outros com alguma regularidade e boy, sabe sempre tão bem que eu tenho sempre de falar nisto!
Falar no silêncio. Eu e o estrepitoso hubby damos por nós a chegar a casa ao fim da tarde sem pressas (1), a entrar numa casa em silêncio (2) e perfeita arrumação (3), a fazer as nossas coisas com calma (4), a jantar à mesa da sala como pessoas civilizadas (5), a apreciar a nossa casa (a TV, pronto!) apenas para nós (6), a ouvir o silêncio. O silêncio, a quietude!
Ele então diz-me: "Imagina se todos os dias fosse assim, imagina a nossa vida sem putos! Tempo para tudo, fazíamos o que nos apetecia, sempre um sossego! Imagina se nunca tivessemos tido filhos!"
E eu imagino a minha vida sem filhos. Seria assim, como a tenho vivido nestes últimos dias. Uma casa arrumada, em paz e sossego. Tempo para tudo. Tempo para mim.
Mas tenho a certeza que esse tempo, essa calma e sossego não seriam apreciados, não seriam valorizados, não me saberiam tão bem se eu não conhecesse tão bem o outro lado. Essa calma seria um vazio enorme.
O silêncio que me sabe tão bem, apenas me sabe tão bem porque eu não o tenho, porque eu preciso dele, porque ele não é o habitual. Ele vem dar tréguas a tudo o que preenche todos os espaços livres da minha vida, os meus filhos. Os meus filhos preenchem cada buraquinho livre na minha vida, eles são as pedras grandes, as pequenas e a areia que preenche o meu copo da vida. O barulho dos miúdos, a necessidade que eles têm que eu esteja na vida deles, a atenção que damos uns aos outros, as nossas vidas todas tecidas nas vidas uns dos outros. Isto é tudo o que preenche a minha vida e a torna tão cheia. Completa.
Só com estes dias de férias dos miúdos é que eu posso acalmar a mente, o corpo, apreciar a vida sem filhos e valorizar ainda mais a vida com eles.
Agora, dêem-me só mais uns dias assim, que eu ainda não apreciei que chegue, pode ser?
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