Voltemos ao assunto das mãezinhas. Já aqui foram tecidas brilhantes reflexões sobre o assunto, nomeadamente a problemática da nhonhice. Ora bem, está na altura do desagravo e de uma palavra amiga. Vamos lá, garotas.
A questão é transversal a todas mães e, antes de o ser, a todas as mulheres. A Neura. Não, não é nenhuma bojarda machista chauvinista. Os homens lá têm as cenas deles, bem mais deprimentes, por, em regra, serem pueris. Infantilóides. Assim, digamos, à homem. Mas a neura, a neurazinha, é das mulheres. Enfim, não vale a pena entrar em pormenores. É aquela ruminação típica de quem tem de viver com dois cromossomas X, não há homem que não a conheça e mulher que não a reconheça em outra mulher.
O problema é que a coisa, quando o puto nasce, transforma-se. Ganha vida, transmuta-se, cria guelras. A Neura vira… Culpa. Bem sei que a vida moderna é uma porra, e que o tempo é pouco e é fraco. Até aqui tudo bem (ou tudo mal). Mas do que falo é de outra coisa. "Ai às vezes a Leonor olha-me de uma forma… como se eu fosse má mãe… O Cristovão riscalhou o sofá e eu dei-lhe um berro… não devia… Será que a Madalena ficou magoada comigo por eu não lhe ter dado aquela bandolete do Frozen?... Eu quando era miúda aconteceu-me e nunca mais esqueci…" Não esquecei, por favor: São putos. Putos. Percebem Não e percebem Sim. E têm um radar especial para topar os nossos Talvez, que tentam transformar, invariavelmente, em Sempre Sim. Pronto, é isto. O resto, mães, lamento, é da vossa cabeça. Ai mas os miúdos sentem tudo, são muito sensíveis, eles depois ficam com memórias. (Suspiro). Convém, talvez, explicitar melhor o ponto de vista, de uma forma porventura mais elaborada: Mães, leoas, amigas, deixai-vos de tretas.
Já aqui deixámos bem claro aquilo que qualquer puto precisa incondicionalmente. De ferro, já amplamente explicado, e de Amor. Mas Amor não é aquela babusca maternal que volta e meia pinga para dentro da cabeça dos putos. Amor é segurança e ser consistente. É soprar e pôr um penso do Faísca McQueen quando eles dão outra vez com a tromba na pedra da soleira da porta e dar um berro quando voltaram a comer a pasta dos dentes.
Os pais dos putos destas mães? Ui, uns brutos. Não entendem. Não ligam. A mãezinha fica sozinha na sua angústia, que ganha asas. Vira um caldo de questões existenciais que os putos, saudavelmente, exploram de acordo com os seus interesses do momento. Chiça.
Mas atenção, que os pais, por vezes, podem ser piores. Porque, lá está, são homens. E os homens acham sempre que percebem.
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