Este ano o Dia da Criança mais pareceu um casamento cigano. Dias e dias de festa! Aliás, ainda parece, apenas hoje é O dia, o próprio do dia!
Na Sexta-feira abriram as festividades com o acantonamento no colégio. Eu estou sempre a aprender com o meu filho, e desta vez foi a palavra acantonamento, a minha alminha nem sabia que isso de acampar dentro de casa tinha direito a nome, mas parece que sim, e chama-se acantonamento! Pois que todas as criancinhas da pré iriam dormir a noite inteira juntas numa mesma sala. Tipo, das 9 da noite às 8 da manhã. Sim, as educadoras dos miúdos quiseram mesmo sujeitar-se a isso e mais, estavam todas entusiasmadas e montaram castelos de papelão e criaram um escorrega nas escadas e tudo! Elas adoram a sua profissão, os seus miúdos e eu apenas posso adorá-las de volta! Claro que os paizinhos tinham hora marcada às 9:45 para os ir buscar no dia seguinte, mas continuavamos em vantagem, diria...
Valeu-nos um jantarinho romântico, porque tratámos logo de pulverizar o bebé para casa dos meus pais, pois...
No dia seguinte, fui muito fresquinha representar pai e mãe nas comemorações do Dia da Criança no colégio e passei um bom bocado com o P. Ele estava todo contente, a noite foi uma emoção, brincaram muito, dormiram bem, fizeram explorações e experiências e no dia seguinte houve coreografia e zumba para os pais. Iuhu!! Era apenas o primeiro acto do Sábado.
Seguiu-se uma festa de anos com direito a pónei, animais da quinta, jogo de futebol e muito bolo de anos. O paraíso, portanto.
No dia seguinte, com o pai de volta, estávamos cansadinhos, mas juntos e só nós os quatro. Conseguimos dar aos miúdos o melhor presente possível - tempo. Nós os quatro, apenas os quatro, juntos e com tempo uns para os outros. Eu sinto que as semanas são passadas a correr e os fins-de-semana não têm sido diferentes, vejo-nos a saltar de compromisso em compromisso, de inadiável em inadiável e não vivemos a nossa família. Sinto o tempo a passar e tenho receio de não ver bem como os meus filhos crescem, por isso, ontem foi o dia para nós. Foi o nosso dia das nossas crianças. É um esforço que fazemos, o de não podermos ir a todas, porque os miúdos são mesmo o mais importante e faz toda a diferença.
E foi bom, foi simples. Durante a sesta do Miguel oferecemos um presente ao P., que AMOU, claro. De início não tinha pensado oferecer-lhe nada pelo dia da criança, mas nem de propósito ele voltou à carga a pedir um homem-aranha-de-plástico-duro-e-braços-que-mexem, sem ser de peluche, e eu não resisiti... Ele convenceu-me ao pedir o boneco para os anos, nem era para agora ou pelo dia da criança, era mesmo apenas pelos anos. Fiz-lhe a surpresa e foi o delírio, amei que ele tenha adorado! Dar-lhe poucos brinquedos faz com que de cada vez que lhe dê, seja mesmo muito especial.
Hoje, Acto III. Visita de estudo e brincadeira no parque, vou buscar o meu mafarrico como se tivesse escovado uma chaminé, isso é certo! E muito feliz, tenho a certeza!
No próximo ano, com os meus dois piratas em força total, vou ter de me agarrar bem, que isto vai ser a loucura!
O Dia da Criança para os meus filhos é apenas mais uma desculpa para brincar muito e lembrar o quanto são felizes. Para mim, tem um sabor agridoce... é um dia para agradecer a nossa sorte, a de estarmos juntos, felizes, saudáveis e em paz, lembrando as crianças que infelizmente crescem infelizes ou pior, não chegam a crescer. Os direitos que eu tenho como adquiridos para os meus filhos são uma miragem para demasiadas crianças no Mundo, e isso deixa-me sempre com um nó na garganta, é angustiante. Depois de sermos mães, sentimos um pouco as dores de todas as mães do mundo...
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