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Filhos

Crianças Felizes | Q&A com Magda Gomes Dias e uma oferta Eu, Mãe

Por Inês Simões

A nossa querida Magda Gomes Dias tem participado menos no Eu, Mãe nos últimos tempos por um motivo muito, mas muito bom- o seu há muito devido livro, Crianças Felizes, que acabou de ser lançado e faz mover tudo na vida desta nossa mãe.

Não tem estado por cá mas não está desaparecida! Aqui ficam algumas perguntas que todas nós querenos colocar à Magda e vale a pena ler até ao fim, pelo que de bom a Magda nos diz e pela oferta especial que temos à disposição das leitoras Eu, Mãe, a pensar nos próximos workshops que a Magda vai já dar daqui a nada! Vejam tudo:

 

Estabelecer um equilíbrio na relação entre pais e filhos ainda é uma medição de forças, sem vencedores nem vencidos? A relação perfeita tem que ser trabalhada desde o primeiro dia de vida?

 

Um dos princípios da Educação e da ParentalidadePositiva tem a ver com a liderança empática. Isso significa que eles até podem ser os príncipes e as princesas lá de casa mas os reis e as rainhas somos nós. Isso significa também que a nossa missão é orientá-los no seu crescimento, certos que eles têm o direito de estarem zangados connosco, frustrados ou chateados com alguma decisão que possamos ter tomdo. Mas não é por estarem assim que vamos mudar de ideias. Somos empáticos porque percebemos como eles se sentem mas não significa isso que temos de ceder ou fazer-lhes a vontade quando, o melhor para eles, é mantermos a decisão.

Não acredito em relações perfeitas – há relações com muito significado e que são justamente feitas de momentos difíceis que se ultrapassam. A perfeição é, por isso, a possibilidade de estarmos em melhoria contínua.

 

É possível delinear alguns princípios básicos para uma Parentalidade Positiva?

Há 5

Respeito mútuo -  a EPP é uma filosofia que tem por base o respeito mútuo e quando este existe então a nossa relação não precisa de se apoiar nas ameaças e palmadas nem no laisser faire, laisser passer e procura outras formas de estratégias. E não é porque eu sou o pai/mãe dos meus filhos que eles me devem respeito. O respeito ganha-se e ensina-se, não é um dado adquirido.

Vínculo – é a qualidade da relação que tenho com os meus filhos e eles comigo

Liderança empática – falei acima

Disciplinar sem castigar – usando várias técnicas e ferramentas muito concretas e que ajudam a criança a responsabilizar-se pelas escolhas que faz.

 Parentalidade Pro-activa – quando sabemos que fases estão a chegar, estou muito mais tranquila. Saber que uma criança aos 5 anos é mais sensível, chora com frqueência, tem uma auto-estima mais frágil, ajuda-me a sossegar.

 

 

O dia-a-dia da maioria dos pais – correria entre casa, trabalho, escola, supermercado – pode interferir na sua disposição para a tolerância e paciência necessárias para educar um filho. Quais são os erros mais frequentes que os pais cometem actualmente?

Claro que afecta! 

Não gosto de falar em erros porque já há demasiada culpa e sentimento de culpa   A maior parte dos pais faz o melhor que pode. Andamos muito distraídos e muito cansados, e no limite. E, por isso mesmo, gerimos menos bem o stress e, então, os miúdos acabam por ‘apanhar por tabela’.

Alguns pais não querem ser autoritários e então caem no outro extremo, tudo permitindo, algumas vezes porque querem terminar o dia e estão muito cansados.

Era importante que os pais pensassem a médio e longo prazo, dando corpo aos valores que são importantes na sua família e concretizarem isso. Como? Se eu quero que o meu filho seja uma pessoa curiosa, é importante que possa sair com ele e levá-lo a conhecer a história da minha cidade, por exemplo. Se quero que o meu filho tenha um estilo de vida saudável, que goste e respeite a natureza,posso levá-lo a passear de bicicleta para uma floresta, trazer folhas e começar um herbário, por exemplo. Basicamente, esquecemo-nos de pensar quais são os nossos valores e depois fazer ‘viver’ esses mesmos valores. 

Tenho uma amiga que fez um mês sem écrans, enquanto os filhos estavam acordados. Entre outras coisas, ela diz que a primeira semana foi difícil, porque é um vício muito grande. No final percebeu que afinal há tempo que chegue, se não estivermos distraídos.

 

 

Na sua experiência profissional, quais sãos os problemas que preocupam mais os pais? E as crianças, onde é que se mostram mais resistentes a alterar o seu comportamento?

Os pais preocupam-se muito com a questão da autoridade e da obediência, procuram ajudar os filhos a terem umaauto-estima equilibrada. A chegada de um irmão também é uma questão importante. 

Os comportamentos não mudam do dia para a noite. Na verdade, o meu trabalho promove a melhoria das relações e a primeira mudança dos comportamentos é nossa. E o que é curioso é que a resistência maior, quando ela existe, pode ser dos pais, justamente nessa mudança. Acreditamos que eles é que têm de ceder quando não tem nada a ver com cedência – e sim em, genuinamente, querermos ter dias mais descomplicados e felizes. E isso é possível e este livro crianças felizes apresenta inúmeros exemplos disso mesmo. Ninguém nasce ensinado. E quando conheces estas dicas e as aplicamos, então a cooperação e a mudança de comportamento dos miúdos é quase automática. 

 

O grito, a palmada, o castigo, são para excluir de todo ou em alguns momentos podem ajudar?

Depende. Quem sabe disso são os pais da criança e dos valores e filosofia de vida. Eu não tento convencer ninguém que a palmada e o castigo ou o grito não funcionam. Porque, no imediato funcionam. Os pais têm de se perguntar se é por aí que desejam ir e se é assim que desejam educar e se é esse o tipo de relação que desejam ter com os filhos. Há outras formas de se educar que promovem a responsabilidade da criança, a tomada de boas decisões e que assentam no vínculo que temos com os nossos filhos. Claro que dá mais trabalho do que a palmada e do que o castigo mas, no médio e no longo prazo, as crianças tornam-se mais independentes, confiantes. E não é um mito – vejo isto acontecer todos os dias com os pais com quem trabalho.

 

 

A maioria dos pais recorre a frases chavão e a ameaças de castigo para tentar “dominar” o filho. Em alguns casos é uma rotina e a criança acaba por ficar dessensibilizada deste tipo de “forma de educar”. Em casos destes tudo está perdido ou é possível estabelecer uma relação equilibrada entre pais e filhos com algumas cedências?

O interessante da educação e parentalidade positiva é que podemos começar a qualquer momento. O que vamos fazer é renovar a forma como estamos na relação parental e começar, finalmente, a disfrutar dela a 100%. E sim, relações equilibradas, com espaço para negociação são relações saudáveis e penso que é isso que qualquer pai e mãe desejam.

 

Concretamente o que é que vamos encontrar nos wokshops que vais dar agora em Lisboa e em Junho, no Porto?

O que eu prometo é uma mudança à séria de mindset. Não é possível estares a educar com base neste ou naquele conselho. É a estrutura do pensamento que tem de mudar – é essa a proposta. 

Ao mesmo tempo, os exemplos são os exemplos dos participantes – vou caso a caso trabalhar as questões, provoco a reflexão para que os nossos dias, em casa, e com os miúdos se possam encher de significado.

 

Quais são os temas que podemos encontrar?

Então vão ser 3 workshops.

O de sexta-feira é aquele que considero como sendo o que provoca a grande mudança de paradigma e que tem a ver com a auto-estima da criança. O que dizemos, como dizemos e como conseguimos ajudar os miúdos a terem uma auto-estima mais forte [atenção que isto é um trabalho contínuo] é importante. O teu filho desiste sempre? Choraminga? Compara-se com os outros? Queres evitar que seja vítima de bullying? Estás num processo de divórcio? Tens alguém doente na família? O teu marido vai trabalhar para longe? Tudo isto pode e deve ser trabalhado.

O de Sábado é o grande workshop sobre Educação e Parentalidade Positiva – tem um foco grande na felicidade e depois abordamos a questão da obediência ainda, da inteligência emocional também – é um workshop de dia inteiro e que coloca as bases principais da Educação e Parentalidade Positiva

Finalmente, o de Domingo é para aqueles pais que estão cansados dos filhos que rebolam os olhos, que respondem torto, que desafiam com um olhar, que esperneiam e fazem chantagem emocional – ou que podem estar a caminhar para lá. É um dos workshops que tem resultados mais imediatos e que dá um grande sossego aos pais.

 

O Eu, Mãe tem uma super vantagem e vai oferecer, a quem se inscrever até Domingo, dia 3 de Maio, dia da mãe, num ou em todos os workshops, 10% de desconto – para isso basta acrescentar, na ficha de inscrição, e depois do seu nome a expressão ‘Eu, Mãe’.

Ex: Maria Silva – Eu, Mãe

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